Insetos robóticos gigantes ganham espaço nas fazendas dos EUA
Tecnologia bioinspirada, os chamados insetos robóticos, promete revolucionar o controle de ervas daninhas em plantações complexas e reduzir custos com mão de obra nas fazendas
Tecnologia bioinspirada, os chamados insetos robóticos, promete revolucionar o controle de ervas daninhas em plantações complexas e reduzir custos com mão de obra nas fazendas Muito mais do que uma curiosidade tecnológica, os robôs com pernas da startup Ground Control Robotics (GCR) estão chamando atenção por oferecerem uma solução prática e promissora para um dos grandes desafios da agricultura moderna: o manejo de plantações perenes em terrenos difíceis e o controle de ervas daninhas sem o uso de pesticidas. O projeto dos insetos robóticos, que surgiu a partir de pesquisas de robótica bioinspirada conduzidas por Dan Goldman, professor da Georgia Tech, avança agora com protótipos funcionais de centopeias robóticas gigantes capazes de navegar por vinhedos, campos de morango e plantações de mirtilo com agilidade surpreendente. Inspirados no movimento de cobras e centopeias, os robôs da GCR são formados por segmentos modulares com pernas e sensores básicos. Eles se locomovem com fluidez e precisão em terrenos acidentados, como os encontrados em lavouras de uvas cultivadas em encostas íngremes. “Esses robôs foram pensados desde o início para funcionarem fora do laboratório”, explica Dan Goldman. “A robustez não é um objetivo final, é o ponto de partida.”
A estrutura leve e articulada, aliada ao grande número de pernas, permite que o robô avance entre plantas e obstáculos sem causar danos, o que seria impraticável para máquinas maiores e menos flexíveis. A inteligência do sistema está concentrada na mecânica e no design físico, reduzindo a necessidade de sensores caros e processadores complexos. Segundo Goldman, “se você fizer o corpo certo, o robô se move quase como mágica”. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});O foco inicial da GCR são culturas arbustivas e trepadeiras, como mirtilos, morangos e uvas, onde o controle manual de ervas daninhas é caro, trabalhoso e desgastante. Segundo dados da startup, o custo para manter essas áreas livres de plantas invasoras pode ultrapassar US$ 1.000 por acre, especialmente no caso dos morangos, onde o trabalho é realizado por pessoas rastejando entre os canteiros. Estruturas ondulantes semelhantes a antenas ajudam o robô a escalar obstáculos mais altos que ele. Robótica de Controle Terrestre, Foto: DivulgaçãoAlém dos custos, há também a dificuldade de encontrar trabalhadores dispostos a executar essas tarefas repetitivas e fisicamente exigentes. Em tempos de escassez de mão de obra rural, o uso de robôs aparece como alternativa viável e econômica, especialmente para produtores que evitam o uso de herbicidas químicos. “Hoje, não existe nenhuma solução automatizada eficaz para o controle de ervas daninhas nessas culturas específicas”, destaca a equipe da GCR. “Queremos preencher esse vazio.” A resposta está na escalabilidade e no respeito ao ambiente. Enquanto robôs quadrúpedes e veículos com rodas podem funcionar bem em ambientes controlados e planos, eles enfrentam limitações quando o terreno é irregular, coberto de vegetação ou sensível à compactação. Um trator pode ser eficiente, mas pode também danificar as plantas ao tentar operar em espaços apertados.
Os robôs centopéias da GCR, por outro lado, são pequenos, discretos e adaptáveis, projetados para trabalhar em meio à desordem do ambiente agrícola real. “Mais pernas tornam o movimento mais confiável e reduzem a necessidade de sensoriamento constante”, afirma Goldman. Além disso, sua estrutura modular e o baixo custo de produção — estimado em cerca de mil dólares por unidade — tornam viável a criação de enxames descentralizados, que possam operar 24 horas por dia em diversas áreas simultaneamente.
A Ground Control Robotics já está testando os primeiros protótipos em parceria com um produtor de mirtilos e um vinhedo no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. O objetivo é refinar os sistemas de mobilidade e detecção dos robôs para que, em breve, eles possam ser usados não apenas para exploração e monitoramento, mas também para remover fisicamente as ervas daninhas — seja com garras robóticas ou, futuramente, até com lasers de precisão. Eventualmente, esses robôs operarão de forma autônoma em enxames e também poderão ser úteis para aplicações como resposta a desastres. Foto: DivulgaçãoApesar de o foco atual estar no uso agrícola, o potencial da tecnologia com insetos robóticos vai além das lavouras. As mesmas qualidades que tornam os robôs úteis em vinhedos podem ser aplicadas em missões de busca e resgate em áreas de difícil acesso ou até mesmo em operações militares, dependendo das configurações futuras. O surgimento dos robôs centopéias da Ground Control Robotics representa uma das transições mais diretas entre pesquisa científica e aplicação comercial no campo da robótica moderna. Combinando inteligência mecânica, mobilidade avançada e uma abordagem minimalista, a tecnologia rompe com o padrão tradicional de máquinas agrícolas pesadas e inaugura um novo modelo de autonomia eficiente e acessível para ambientes rurais complexos. Se os testes seguirem bem, é provável que vejamos, em um futuro próximo, pequenos exércitos de insetos robóticos trabalhando silenciosamente entre as lavouras, transformando a forma como lidamos com o cultivo sustentável em escala.
Por: Redação
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