• Sábado, 2 de agosto de 2025

Haddad quer tratar de lei aplicada contra Moraes com secretário de Trump

Ministro da Fazenda diz que pretende conversar com titular do Tesouro nos EUA na próxima semana sobre a Lei Magnitsky.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 6ª feira (1º.ago.2025) que pretende conversar com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, na próxima semana para “esclarecer como funciona o sistema judiciário brasileiro”. Classificou como “muito importante” a reunião com a autoridade norte-americana para tratar da Lei Magnitsky, usada para impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos.

Segundo Haddad, “há muita desinformação” sobre o tema. Na 4ª feira (30.jul), o governo dos Estados Unidos anunciou a inclusão de Moraes na lei. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 187 kB).

Segundo o texto, Moraes “usou seu cargo para autorizar detenções arbitrárias preventivas e suprimir a liberdade de expressão”. O comunicado cita uma fala do secretário do Tesouro norte-americano. “Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, declarou.

Bessent disse que Moraes é responsável por “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nos EUA, o secretário do Tesouro desempenha função equivalente à do ministro da Fazenda no Brasil. Está sob a alçada do secretário do Tesouro a lei que disciplina essa coisa de contas correntes, de autoridades e tudo mais. Então, até por essa razão, vale a pena uma conversa com o Bessent antes”, declarou Haddad em entrevista a jornalistas, no edifício-sede da Fazenda.

Haddad também conversará com Bessent a respeito do tarifaço norte-americano sobre produtos brasileiros. Ao todo, 694 produtos brasileiros ficaram livres da taxação de 50%. Itens como café, frutas e carnes, no entanto, seguem sujeitos ao percentual mais elevado, que passa a vigorar em 7 de agosto.

Haddad disse esperar ter uma “reunião mais longa” e “mais focada” na decisão de Trump sobre os produtos brasileiros. Abriu a possibilidade de ser presencial.

O chefe da equipe econômica de Lula havia encontrado o titular da área nos EUA pela 1ª vez em 4 de maio e já havia tratado de tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros.

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Por: Poder360

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