O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (16.set.2025) que a inflação acumulado durante os 4 anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será a mais baixa desde o Plano Real, iniciado em 1994.
O ministro participou por videoconferência do evento “J.Safra Investment Conference 2025” nesta 3ª feira (16.set.2025).
“Seguramente, a inflação acumulada em 4 anos será, pela 1ª vez, inferior a 20%”, declarou. O Poder360 já mostrou que a inflação média do 3º mandato do governo Lula é a menor do século 21 em comparação com outros presidentes.
Haddad comemorou a queda do dólar nos últimos dias. “Nós estamos com o câmbio a R$ 5,30. Isso é muito positivo. O impacto do câmbio sobre a inflação é notável no Brasil”, declarou.
O dólar comercial atingiu R$ 5,298 nesta 3ª feira (16.set.2025). Às 11h12, tinha queda de 0,06%, aos R$ 5,318.
Em 2023, Lula assumiu o cargo com a meta de inflação a 3,25%, com margem de tolerância de 1,75% a 4,75%. O objetivo inflacionário caiu para 3,0% em 2024 em decisão de 2021 do CMN (Conselho Monetário Nacional). O governo Lula referendou o patamar e estabeleceu uma norma que que fixa a meta em 3% de forma contínua.
O ministro disse esperar um corte da taxa básica de juros, a Selic, “nos próximos meses”. A autoridade monetária sinalizou que manterá o nível de contração monetária por período prolongado.
“Acredito que vai se abrir um espaço para a queda dos juros. Não sou do Banco Central, mas tudo me levar a crer que o ciclo de corte de juros vai se iniciar em algum momento dos próximos meses”, disse.
O Copom (Comitê de Política Monetária) tem reunião nesta 3ª feira (16.set) e 4ª feira (17.set) para definir o patamar da Selic nos próximos 45 dias. A tendência é de manutenção do juro base em 15% ao ano.
“Eu acredito que, superada essa fase que nós vivemos no 1º semestre, de uma inflação que causou uma preocupação grande no presidente da República e uma reação do Banco Central, eu penso que nós vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade”, afirmou.
A mediana das projeções dos agentes financeiros indica que o 1º corte na Selic depois do ciclo de reajustes será feito na 1ª reunião do colegiado do BC em 2026, marcada para 28 de janeiro.