• Terça-feira, 16 de setembro de 2025

Haddad sobre tarifaço: não falta comprador para nossos produtos

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que as commodities estão sendo direcionadas para outros mercados globais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 3ª feira (16.set.2025) que não falta comprador para os produtos brasileiros. A fala, durante participação por videoconferência no evento “J.Safra Investiment Conference 2025”, se deu após questionamento sobre o tarifaço dos EUA contra o Brasil.

“As nossas exportações para os Estados Unidos somam 12% das nossas exportações. O que é afetado pelo tarifaço é cerca de 4%. Quase 2/3 são commodities que já estão sendo direcionados para outros mercados”, disse Haddad. “Não está faltando, neste momento, comprador para as mercadorias brasileiras”.

O ministro declarou que o Brasil tem mercadorias de qualidade para o mundo. Citou petróleo, grãos, frutas, carnes e pescados. Agradeceu o empresariado que exporta e “está em contato com autoridades americanas” para reverter a decisão dos EUA.

“Há um caminho, desde que haja boa vontade em separar o que é econômico e o que é político”, declarou. Haddad disse ainda que, em carta publicada no jornal The New York Times, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um convite ao diálogo para “todo mundo saber”.

Na publicação, Lula disse querer negociar, mas sugeriu que o presidente Donald Trump (Partido Republicano), é “desonesto” e o acusou de usar tarifas e sanções só em busca da impunidade do ex-chefe do Executivo brasileiro Jair Bolsonaro (PL), agora condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Haddad afirmou, durante a participação no evento desta 3ª feira (16.set), que a ação do presidente dos Estados Unidos contra o Brasil é “declaradamente” política.

Para o ministro, o aumento das tarifas contra os produtos do Brasil não tem relação com temas econômicos-comerciais. “Eles acumulam, em 15 anos, um superavit de bens e serviços de mais de US$ 400 bilhões [com o Brasil]. Não havia nenhuma razão para o Brasil ter um tratamento diferente do Uruguai, do Paraguai e da Argentina”, disse Haddad.

Por: Poder360

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