Pesquisa da Quaest divulgada nesta 4ª feira (16.jul.2025) indica que a desaprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu 4 p.p.: passou de 57% em junho para 53%.
O levantamento da Quaest foi encomendado pela Genial Investimentos. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil, de 10 a 14 de julho. A margem de erro é de 2 p.p., para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Eis o cenário da pesquisa de julho, quando os entrevistados responderam à pergunta “Você aprova ou desaprova o trabalho que o presidente Lula está fazendo”:
“O que chama atenção é que a melhora na popularidade se deu principalmente fora das bases de apoio tradicionais do governo”, disse Felipe Nunes, diretor da Quaest.
A principal recuperação se deu no Sudeste.
Com relação à renda familiar, a mudança mais significativa foi entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos.
A aprovação segue alta entre os que dizem ser lulistas e baixa entre os que se classificam como bolsonaristas. A maior alteração foi nos setores moderados.
Segundo Nunes, 3 fatores explicam a melhora na percepção da população com relação ao governo. São eles:
A maioria (79%) diz acreditar que a tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros vai prejudicar suas vidas. Já 72% consideram que Trump errou ao impor a taxa ao Brasil sob a justificativa de que haveria perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O tarifaço contra o Brasil conseguiu unir a esquerda, os lulistas e os moderados (sem posicionamento); mas dividiu a direita e os bolsonaristas. Ou seja, empurrou o ‘centro’ para o colo do Lula”, disse Nunes.
O percentual dos que disseram considerar que a economia do Brasil está inalterada nos últimos 12 meses permaneceu igual: 30%.
Eis o cenário completo:
Caiu o percentual dos que disseram que o preço dos alimentos subiu.
“O que mudou pela 1ª vez na série histórica foi a expectativa sobre a economia no próximo ano: 43% afirmam que ela deve piorar. Essa mudança deve estar associada à preocupação que as tarifas de Trump provocaram na população”, declarou Nunes.