Geraldinho, o mineiro que virou símbolo de tradição e paixão no rodeio brasileiro

Com mais de 45 anos dedicados à Fazenda Carapreta e 35 anos consecutivos na Festa do Peão de Barretos, Geraldo Sales Lana, mais conhecido como Geraldinho, celebra premiação histórica com mais de 24 mil votos populares. A história de Geraldo Sales Lana, mais conhecido como Geraldinho, é um retrato fiel da força das tradições rurais e da paixão pelo rodeio. Aos 69 anos, natural de Montes Claros (MG), ele não apenas ajudou a construir a trajetória de excelência da Fazenda Carapreta ao longo de mais de quatro décadas, mas também se transformou em personagem marcante da Festa do Peão de Barretos (SP). Sua dedicação foi coroada recentemente ao vencer, com 24.576 votos de apoio e incentivo, o concurso cultural “Sinta Barretos!”, promovido pela EPTV e pelo g1. O reconhecimento garante a ele uma experiência única: assistir às competições e shows no camarote, realizar um voo panorâmico de helicóptero e desfrutar de hospedagem especial em Olímpia (SP), acompanhado de familiares.

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A primeira viagem: 1.020 km de sonho e persistência A paixão de Geraldinho pela festa começou em 1990, quando aos 34 anos conseguiu, enfim, realizar o desejo de infância de conhecer Barretos. O trajeto, que somou mais de 1.000 km percorridos em cinco ônibus, foi marcado por improviso e superação. Sem hospedagem garantida, encontrou acolhimento inesperado com dona Odete, dona de um pequeno hotel que lhe cedeu o próprio quarto. A amizade criada ali se transformou em laços duradouros e foi o ponto de partida para uma tradição que já soma 35 edições seguidas. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Um ritual que virou marca registrada de Geraldinho Desde aquela primeira vez, Geraldinho mantém um costume: sempre ocupar o mesmo lugar na arquibancada, próximo ao camarote, de onde acompanha cada montaria até a queima de fogos final. Para ele, o “cantinho” já é parte da sua identidade: “Todo mundo já me conhece, é meu lugar de sempre. Poderiam até colocar meu nome ali, porque sou figurinha carimbada”, brinca. Além das montarias, que considera o auge do evento, Geraldinho cultiva a paixão pelos animais desde criança, quando montava cavalos e participava de rodeios amadores e provas de Mangalarga. Memórias, família e legado O mineiro transformou sua ligação com Barretos em um patrimônio afetivo. Ele guarda camisas, ingressos, canecas e fotografias que contam sua trajetória, além de histórias únicas, como a amizade com um engraxate que todos os anos prepara suas botas. Casado há 47 anos, pai, avô e bisavô, Geraldinho fez questão de levar parentes e amigos para conhecer o evento. “Já levei gente até na carroceria da caminhonete, só para não deixar ninguém perder a festa”, relembra. Neste ano, ele dividirá a experiência especial do camarote com a filha, o neto, o namorado dela e outros familiares. Mais que um evento: uma vida de paixão pelo rodeio Para Geraldinho, Barretos é sinônimo de emoção, amizade e tradição. “Quem gosta de animal, de festa boa e dos melhores shows do Brasil tem que conhecer Barretos. Eu já vou para 35 anos consecutivos e, se Deus me der força, quero continuar indo sempre”, afirma. O prêmio recebido é mais que um reconhecimento pessoal: é a celebração de uma vida inteira dedicada ao agro, à família e ao rodeio, valores que moldam sua trajetória e fazem de sua história um exemplo para as novas gerações.