Gigante coloca uma das maiores fazendas leiteiras à venda e atrai investidores globaisEsses dois últimos suspeitos, Maurício Salviano Girão e Antonielson Guadalupe Cedeira, reagiram à tentativa de abordagem da Força Tática da Polícia Militar apontando armas para os agentes, que revidaram. Ambos foram baleados, socorridos e levados ao Hospital Auxiliadora, mas não resistiram aos ferimentos. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Além da carne e dos veículos, foram apreendidas armas de fogo, facas e ferramentas de corte, o que reforça o nível de organização da ação criminosa. Segundo os próprios policiais, esse tipo de crime tem sido cada vez mais frequente e bem articulado no interior do estado. Cresce a pressão sobre o produtor rural e aumenta o furto de gado Casos como esse não são isolados. A criminalidade no campo tem se tornado um dos maiores gargalos enfrentados pelo agronegócio brasileiro, especialmente em regiões com pouca presença do Estado. Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 35 mortes já haviam sido registradas por “intervenção legal” de agentes públicos até o início de junho de 2025 — 18 delas só no primeiro bimestre. Embora esses números envolvam uma diversidade de ocorrências, o abigeato é uma constante que aflige os produtores rurais. De acordo com levantamento da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o furto de gado representa um prejuízo anual superior a R$ 1 bilhão. Em muitos estados, como Mato Grosso do Sul, Pará e Goiás, o crime rural está vinculado a facções e organizações que atuam com logística própria, inteligência e até armamento pesado. Produtores abandonados e cercados A falta de policiamento nas zonas rurais, aliada à dificuldade de comunicação e ausência de rondas regulares, cria um ambiente de impunidade. Muitos produtores relatam que, mesmo quando denunciam, os tempos de resposta são longos ou inexistentes. Em estados como Mato Grosso do Sul, a criação de Delegacias Especializadas de Repressão aos Crimes Rurais ainda é pontual, e as áreas de atuação muitas vezes são maiores que a capacidade operacional. Entidades representativas do setor, como a Famasul e a Aprosoja-MS, já solicitaram ao governo estadual mais investimentos em tecnologia de monitoramento, drones, integração entre polícias e aumento do efetivo rural. No entanto, a morosidade nas políticas públicas de segurança no campo tem deixado os produtores vulneráveis e reféns do medo. Quando a terra vira campo de batalha O episódio de Três Lagoas reflete mais do que um confronto pontual: é o retrato de uma crise silenciosa, onde o produtor rural, que sustenta parte significativa da economia nacional, é deixado à mercê da própria sorte. As mortes, embora polêmicas, revelam o nível de tensão que domina o campo — um ambiente que deveria ser de trabalho e produção, mas que hoje, para muitos, se transformou em território de guerra. Enquanto as autoridades debatem a destinação de recursos e o fortalecimento das forças de segurança, os criminosos seguem invadindo, abatendo, saqueando — e, muitas vezes, aterrorizando famílias que moram e vivem do campo. O caso em MS é apenas mais um capítulo trágico de uma história que o Brasil rural conhece bem. E, infelizmente, sabe que poderá se repetir.
Furto de gado termina com mortos e escancara insegurança no campo
Caso de furto de gado registrado no interior do Mato Grosso do Sul reacende alerta sobre a vulnerabilidade de propriedades rurais diante do crime organizado e da falta de policiamento efetivo nas zonas rurais
Caso de furto de gado registrado no interior do Mato Grosso do Sul reacende alerta sobre a vulnerabilidade de propriedades rurais diante do crime organizado e da falta de policiamento efetivo nas zonas rurais Um crime brutal – furto de gado e abigeato – ocorrido no interior de Mato Grosso do Sul, na madrugada de 3 de junho, terminou com dois suspeitos mortos em confronto com a polícia e outros dois presos em flagrante. O episódio, noticiado originalmente pelo Correio do Estado, envolveu o furto e abate de um boi na Fazenda São José, localizada nas imediações da rodovia MS-320, em Três Lagoas (MS), e levanta um velho debate sobre a insegurança no campo e o avanço do crime rural no Brasil. A ação começou com a abordagem de um veículo Ford Pampa que carregava carne bovina recém-abatida sob uma lona preta — prática comum entre quadrilhas especializadas em furto de gado, o chamado abigeato. No carro estavam Diego e Denis, que confessaram o envolvimento no crime e indicaram mais dois comparsas, que estavam em fuga em uma motocicleta. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Por: Redação