Os analistas do mercado financeiro consultados pelo (BC) reduziram a estimativa de inflação para 2025. É o que mostra a nova edição do , divulgada nesta segunda-feira (15/9).
Inflação
De acordo com o , o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,83%, ante 4,85% da semana anterior.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%.
Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%.
O mercado continua esperando, portanto, que a inflação estoure o teto da meta neste ano, mas por uma margem cada vez menor.
Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo BC mantiveram a projeção em 4,3%.
Para 2027, o índice esperado caiu de 3,93% para 3,9%.
Brasil teve deflação em agosto
— o que representa uma queda de 0,37 ponto percentual em comparação a julho (alta de 0,26%). Esta foi a primeira deflação registrada neste ano, após sete meses seguidos de aumento dos preços.
Em linhas gerais, chama-se de deflação a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.
O resultado do mês passado ficou abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro. A mediana das previsões do relatório Focus era queda de 0,15%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,15% e, no acumulado de 12 meses, o índice ficou em 5,13%.
Leia também

9 imagens





Fechar modal.

![]()
1 de 9 Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
![]()
2 de 9 Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images
![]()
3 de 9 Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images
![]()
4 de 9 No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images
![]()
5 de 9 De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images
![]()
6 de 9 No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images
![]()
7 de 9 No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images
![]()
8 de 9 Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images
![]()
9 de 9 Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images
PIB
Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto () do Brasil para 2025 deve ter crescimento de 2,16%, a mesma projeção da semana passada.
Para 2026, a previsão de crescimento da economia recuou de 1,85% para 1,8%.
Para 2027, a estimativa subiu de 1,88% para 1,9%
, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Juros
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2025 em 15% ao ano.
Para 2026, a projeção recuou de 12,5% para 12,38% ao ano.
Para 2027, o mercado manteve a estimativa para a Selic em 10,5% ao ano.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), .
A próxima reunião do colegiado está marcada para esta semana, nos dias 16 e 17.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Dólar
Os analistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o dólar em 2025 de R$ 5,55 para R$ 5,50.
Para 2026, a estimativa se manteve em R$ 5,60.
Para 2027, o mercado também manteve a projeção em R$ 5,60.
Relatório Focus
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado, normalmente, às segundas-feiras.
O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio (dólar), taxa Selic, entre outros indicadores.
As projeções são do mercado, não do BC. A autoridade monetária só reúne e divulga os dados.

8 imagens





Fechar modal.

![]()
1 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
2 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
3 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
4 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
5 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
6 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
7 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles
![]()
8 de 8 Yanka Romão/Arte Metrópoles