Nesta 3ª feira (9.set.2025), a porta-voz do FMI (Fundo Monetário Internacional), Julie Kozack, declarou em seu perfil no X que a equipe da instituição está em “estreita colaboração” com autoridades argentinas na implementação do programa econômico do governo Milei.
Kozack afirmou que o FMI apoia “o compromisso de garantir a sustentabilidade do quadro cambial e monetário do programa” argentino. “Bem como a sua adesão contínua à âncora fiscal e à agenda abrangente de desregulamentação”, acrescentou.
A demonstração de apoio da organização se dá 2 dias depois da derrota do partido do presidente Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) nas eleições provinciais de Buenos Aires.
A mensagem de Kozack foi repostada pelo Ministro da Economia, Luis Caputo, e posteriormente por Milei. “Seguiremos desregulamentando”, afirmou o presidente argentino.
Segundo o jornal argentino La Nación, apesar do silêncio do FMI sobre a decisão da equipe econômica argentina de utilizar recursos do Tesouro, integrantes do Ministério da Economia afirmaram que a organização deu o aval à medida.
O governo argentino anunciou na semana passada que o Tesouro também interviria dentro das faixas flutuantes para moderar a volatilidade, além do BRCA (Banco Central da Argentina). De acordo com estimativas de mercado, o Tesouro havia vendido cerca de US$ 500 milhões até a última 6ª feira (5.set).
Depois da eleição de domingo (7.set), o mercado de ações argentino sofreu forte impacto. Segundo levantamento da consultoria Elos Ayta, o S&P Merval, principal índice da Bolsa de Valores de Buenos Aires, teve queda acumulada de 50,35% em dólares neste ano até 3ª feira (9.set.2025).