O governador Humberto Plaza, da província de Guayas, cuja capital é Guayaquil, disse que a explosão de terça-feira foi "terrorismo puro e simples" e prometeu que a polícia vai encontrar os responsáveis. "Vamos prendê-los, eles vão pagar e estas pessoas serão processadas por terrorismo", garantiu Plaza. A agência de segurança pública de Guayaquil disse ontem na rede social X, que estava lidando com "a emergência causada pela detonação de artefatos explosivos" e publicou fotografias de uma estrada fechada por veículos da polícia e caminhões de bombeiros. "Por volta das 18h [20h em Brasília], ouvimos um barulho muito alto. Pensamos que era uma explosão. Corremos com medo que algo mais acontecesse. Estamos em choque", disse à agência de notícias France-Presse a médica Samantha Vera, de 40 anos, que trabalha num bairro próximo. Os ataques, homicídios, extorsões, roubos e outros crimes são frequentes na cidade de Guayaquil, um bastião de grupos ilegais que dá acesso ao Oceano Pacífico."Não sabemos, mas um carro normal não explode assim."
Tráfico de drogas
No domingo (12), também em Guayaquil, seis pessoas foram mortas e 17 ficaram feridas em um ataque de um grupo armado, provavelmente ligado ao tráfico de droga, durante um jogo de futebol, anunciou a polícia. Duas das pessoas mortas tinham antecedentes criminais, indicou a polícia, que atribuiu o ataque a uma disputa territorial pelo tráfico de droga, acrescentando que dois suspeitos já foram detidos. Também no domingo, cinco pessoas foram mortas em Playas, no Noroeste do país, durante a festa de 15 anos de uma jovem, segundo informações da imprensa local. O Equador, que está na rota do tráfico de cocaína com destino aos Estados Unidos e à Europa, está mergulhado em violência de gangues que usam assassinos profissionais e também praticam extorsão e sequestros. Algumas estão associadas a cartéis mexicanos, colombianos e albaneses. Apesar da política de combate ao crime organizado do Presidente equatoriano, Daniel Noboa, mais de 4,6 mil homicídios foram cometidos nos primeiros seis meses deste ano no país, que tem pouco mais de 18 milhões de habitantes, número que representa um aumento de 47% em comparação com o mesmo período de 2024. É proibida a reprodução deste conteúdo Relacionadas
Carro de presidente do Equador é atacado, diz governo

Indígenas iniciam greve nacional no Equador e escalam crise política