Um homem de 50 anos foi hospitalizado depois de consumir água mineral da marca Mineratta em Garça (SP), município próximo a Bauru e a 400 km a oeste da cidade de São Paulo. Alexandre Carpine ingeriu na 6ª feira (10.out.2025) duas garrafas do produto durante expediente de trabalho.
Carpine buscou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) local. Ele recebeu medicação e atendimento imediato, não precisou de transferência para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e teve alta. O lote 253-1 da marca foi recolhido.
O secretário de Saúde da cidade, Pedro Scartezini, informou por meio de publicação no Instagram que o paciente chegou à unidade “com sintomas de intoxicação”. Segundo ele, a “água estava contaminada com algum tipo de produto”, sem especificar a substância.
Ao Poder360, a secretaria confirmou que o homem “foi submetido a uma endoscopia digestiva, que confirmou a presença de lesões compatíveis com queimaduras de contato no trato gastrointestinal”. O procedimento identificou danos no esôfago e no estômago.
O órgão considera este um caso isolado até o momento, sem registros de outros incidentes relacionados ao mesmo lote do produto.
A remessa sob investigação tem data de fabricação de 10 de setembro de 2025 e validade até 10 de setembro de 2026. A Polícia Civil apreendeu garrafas no hospital, em duas distribuidoras e na empresa onde o homem tomou a água, com amostras coletadas para perícia.
A prefeitura orientou os moradores a não consumirem o produto. “Não consuma a água mineral Mineratta, lote 253, até que seja esclarecido o que realmente aconteceu com essa água, se só aquela garrafa estava contaminada ou se há mais garrafas contaminadas”, disse o secretário de Saúde.
O Poder360 entrou em contato com a Villa Jahu, detentora e distribuidora da marca Mineratta na região, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Leia abaixo a íntegra da nota da Secretaria Municipal de Saúde de Garça (SP):
“O cidadão procurou atendimento na UPA de Garça, onde foi prontamente assistido por equipe médica. Após avaliação clínica inicial, foi submetido a uma endoscopia digestiva, que confirmou a presença de lesões compatíveis com queimaduras de contato no trato gastrointestinal.
“Ele recebeu todos os cuidados médicos necessários, respondeu bem ao tratamento e já recebeu alta hospitalar.
“Até o momento, trata-se de um caso isolado, sem registros de outros incidentes relacionados ao mesmo lote do produto.
“A Polícia Civil está conduzindo a análise do conteúdo do recipiente suspeito em laboratórios especializados, com o objetivo de identificar a substância envolvida. A Vigilância Sanitária também acompanha atentamente o caso e aguarda os resultados das análises.”