• Segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Europa vive tensão militar após drones da Rússia invadirem a Polônia

Após drones russos invadirem o espaço aéreo da Polônia, país enviou soldados para a fronteira com Belarus e Otan anunciou atividade militar

Enquanto a guerra na não chega a uma solução pacífica, a tensão na Europa aumentou nesta semana, após o Depois do incidente, uma série de movimentações militares tiveram início na região, envolvendo diretamente a Drones na Polônia Na terça-feira (9/9), defesas da Polônia identificaram ao menos 19 drones russos invadindo o espaço aéreo do país.  Com a ajuda da Itália, Alemanha e Holanda, forças polonesas abateram quatro das aeronaves não-tripuladas. Esta foi a primeira vez, desde o início da guerra na Ucrânia, que um país da Otan disparou contra capacidade militares da Rússia. Após o incidente, cuja autoria a Rússia nega, países da Otan iniciaram movimentações militares na Europa.  A invasão das aeronaves não-tripuladas da Rússia foi registrada na última terça-feira (9/9). Um evento descrito pelo premiê da Polônia, como o “mais próximo que estivemos de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial”. De acordo com autoridades locais, 19 drones russos entraram na Polônia, e quatro deles foram abatidos por aeronaves não só do país, como também de outros membros da Otan. Em comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia, e alegou que a operação com drones visou instalações militares na Ucrânia. Teriam sido atacados alvos nas regiões de Ivano-Frankivsk, Khmelnytskyi, Zhytomyr, Vinnytsia e Lviv. O caso desta semana é um marco, pois a Polônia se tornou o primeiro país da Otan a abrir fogo contra alvos militares da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022. 15 imagens Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o fim da Segunda Guerra MundialOs países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino UnidoQuando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países-membros
A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados-membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
Fechar modal. 1 de 15 Divulgação/Otan 2 de 15 Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o fim da Segunda Guerra Mundial Getty Images 3 de 15 Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido Otan 4 de 15 Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria Dirck Halstead/Getty Images 5 de 15 A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países-membros Keystone/Getty Images 6 de 15 A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados-membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia Getty Images 7 de 15 O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos Getty Images 8 de 15 A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis DavidLees/Getty Images 9 de 15 Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro Getty Images 10 de 15 Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais Getty Images 11 de 15 Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão Scott Nelson/Getty Images 12 de 15 Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005 Getty Images 13 de 15 Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África Getty Images 14 de 15 Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa Getty Images 15 de 15 Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável Getty Images Leia também Resposta ao exercício entre Rússia e Belarus Dias após os drones russos invadirem o território polonês, a Rússia iniciou um novo exercício militar em conjunto com Belarus, previsto para acontecer entre os dias 12 e 16 deste mês. A atividade, chamada Zapad-2025, acontece no país comandado por que divide cerca de 400 km de fronteira com a Polônia. Os objetivos, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, é aprimorar a cooperação entre os dois países “para manter a paz, proteger interesses e garantir a segurança militar”. A previsão é de que as atividades incluam treinamentos sobre resposta a ataques aéreos, combate a grupos de sabotagem, o e do sistema de mísseis balísticos Mesmo com a alegação de que o exercício militar possuí caráter defensivo, a Polônia, e outras nações da Otan, o enxergam como um ensaio para um possível ataque ao território polonês. Por isso, o governo de Donald Tusk decidiu fechar a fronteira com Belarus, e Além do destacamento polonês, a Otan também anunciou uma resposta ao incidente envolvendo os veículos aéreos não-tripulados da Rússia. Nomeada a operação visa reforçar as capacidades militares da Otan no flanco oriental do bloco, que engloba países como Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia, Eslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária. Em um comunicado, a Otan informou que a atividade terá duração indeterminada, e deve contar com a participação de forças da Dinamarca, França, Alemanha e Reino Unido. A resposta aconteceu após a Polônia invocar o mecanismo utilizado para iniciar discussões entre os países da aliança, caso um dos membros se sinta ameaçado. Trump se esquiva Enquanto a situação na Europa se deteriora, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um novo sinal de afastamento da Otan. Na sexta-feira (12/9), o líder norte-americano minimizou a invasão, e disse que a presença de drones russos na Polônia pode ter sido um “acidente”. . Ainda durante a campanha eleitoral, em 2024, o atual presidente dos EUA deu declarações fortes contra a aliança militar, da qual o país que ele governa faz parte. Na época, e ameaçou tirar o país da aliança caso os mesmos não atingissem metas de gastos militares.
Por: Metrópoles

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