Países da UE (União Europeia) concordaram ser necessário investir em detecção, rastreamento e interceptação de drones por causa das recentes invasões de espaço aéreo promovidas pela Rússia. A decisão se deu depois de uma reunião nesta 6ª feira (26.set.2025).
Há propostas de se construir um “muro para drones” para conter a ameaça russa. A Romênia, um dos países que teria sofrido com ofensivas russas, declarou ser importante investir em defesas aéreas mais eficazes porque “ninguém as têm”. As informações são da Reuters.
O comissário de Defesa da UE, Andrius Kubilius, defendeu no encontro uma “base de vigilância do flanco oriental” e a implementação da “parede para drones”. Ainda não há informações sobre como as medidas funcionariam.
“A Rússia está testando a UE e a Otan. Nossa resposta deve ser firme, unida e imediata. Todos concordamos: #EasternFlankWatch [base de vigilância do flanco oriental], com o #DroneWall [parede para drones] como núcleo, servirá a toda a Europa”, escreveu.
A Dinamarca, outro dos países que diz ter sido alvo de invasões russas, junto de Polônia, Romênia e Estônia, pressiona pelo fortalecimento da vigilância em maior intervenção da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O país nórdico informou à organização militar o avistamento recente de drones perto de seus territórios. De acordo com o entendimento da Europa, o Kremlin faz “testes de reação”, ou seja, busca avaliar como e quão rápido o país-alvo reage a uma incursão ou provocação.
Kubilius declarou que para conter as ameaças a UE precisa de capacidades que “ainda faltam” ao bloco. Disse que 1º é preciso detectar mais facilmente, o que definiu como “prioridade”, para depois abater. De acordo com ele, é necessário inteligência para não usar “mísseis que talvez custem 1 milhão de euros para destruir um drone que custa 10.000 euros”.
O Kremlin, por sua vez, a partir do porta-voz Dmitry Peskov afirmou que as acusações contra o país são infundadas e que “nenhuma evidência convincente foi apresentada”. Disse, ainda, que declarações europeias sobre a prontidão para abater aeronaves militares da Rússia em casos de evidência de espaço aéreo são “irresponsáveis”.