• Quinta-feira, 21 de agosto de 2025

EUA sancionam juízes do TPI por investigações sobre EUA e Israel

Medida se baseia em decreto de Donald Trump de fevereiro; o tribunal rejeita as novas sanções.

O governo dos Estados Unidos anunciou na 4ª feira (20.ago.2025) uma nova rodada de sanções contra 4 juízes do TPI (Tribunal Penal Internacional). A medida se baseia em um decreto assinado pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano), em fevereiro.

Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, os magistrados se envolveram em esforços do TPI para “investigar, prender, deter ou processar cidadãos dos Estados Unidos, ou de Israel sem o consentimento de nenhuma das nações”. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 58 kB, em inglês).

No documento, Rubio cita:

Rúbio classificou o tribunal como uma “ameaça à segurança nacional” e acusou a corte de usar a “guerra jurídica” contra os Estados Unidos e Israel. Ele afirmou que os EUA continuarão adotando “todas as medidas necessárias” para proteger suas tropas, sua soberania e seus aliados.

O secretário também pediu que países que apoiam o TPI “resistam às reivindicações desta instituição falida” e destacou que muitos desses governos “tiveram sua liberdade comprada ao preço de grandes sacrifícios americanos”.

A medida é o exemplo mais recente de uma campanha de repressão contra o tribunal, que anteriormente emitiu mandados de prisão contra líderes israelenses acusados de supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. O decreto do presidente Trump estabelece sanções financeiras, congelamento de bens nos EUA e restrições de visto aos juízes citados.

Ainda na 4ª feira (20.ago), o tribunal rejeitou “veementemente” as novas sanções e disse que “lamenta” o anúncio do Departamento de Estado.

Em declaração, o TPI classificou a medida como “um ataque flagrante à independência de uma instituição judicial imparcial” e afirmou que representa também “uma afronta aos Estados-Partes, à ordem internacional baseada em regras e, acima de tudo, a milhões de vítimas inocentes em todo o mundo”.

O tribunal reiterou que continuará cumprindo seu mandato “sem se deixar abater […] por pressões ou ameaças”.

Por: Poder360

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