• Sábado, 6 de dezembro de 2025

EUA e Ucrânia retomam negociações em meio a novas ameaças de Putin

Delegações voltam a negociar em Miami enquanto Zelensky rejeita concessões e Putin pressiona pela entrega do Donbas

As delegações dos devem retomar, nesta sexta-feira (5/12), as discussões em Miami (EUA) para tentar avançar nas negociações de paz voltadas ao fim da guerra iniciada pela . Segundo autoridades ucranianas, o encontro dá continuidade às “conversas construtivas” realizadas com representantes do governo norte-americano. Oleksandr Bevz, assessor do chefe de gabinete da Presidência da Ucrânia, afirmou que os diálogos abordam “aspectos-chave do processo de paz” e que os resultados serão apresentados ao presidente Volodymyr Zelensky ainda nesta sexta. As tratativas ocorrem após a reunião de quase cinco horas entre Vladimir Putin e os enviados norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, realizada no início da semana em Moscou. A conversa foi descrita pelo Kremlin como “útil e substancial”, mas não gerou avanços concretos. Entre as principais exigências russas está a entrega total da região de Donbas. EUA e Ucrânia retomam negociações em meio a novas ameaças de Putin - destaque galeria3 imagens Volodymyr ZelenskyPronunciamento de Volodymyr Zelensky Fechar modal. MetrópolesPresidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky1 de 3 Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky Reprodução/Redes sociais Volodymyr Zelensky2 de 3 Volodymyr Zelensky Gabinete Presidencial da Ucrânia/Divulgação Pronunciamento de Volodymyr Zelensky 3 de 3 Pronunciamento de Volodymyr Zelensky Leia também Novas ameaças de Putin A falta de progresso ficou ainda mais evidente com as novas ameaças de Putin, que afirmou na quarta-feira (3/12) que a Atualmente, Moscou controla cerca de 19,2% do território ucraniano, incluindo toda Luhansk, mais de 80% de Donetsk e áreas de Kherson, Zaporizhzhia, Kharkiv e Sumy. Zelensky respondeu afirmando que a Ucrânia está preparada “para quaisquer desdobramentos possíveis”, mas reforçou que a paz não pode envolver concessões territoriais. O ucraniano segue reiterando que sua prioridade é compreender “exatamente o que foi dito na Rússia” durante a reunião com Witkoff e que o governo busca informações completas sobre eventuais novas exigências de Putin. As negociações seguem sob forte influência de Washington. O próprio Kremlin confirmou que os diálogos estão restritos a Estados Unidos e Rússia, com a Europa fora da mesa. Para Kiev, essa configuração exige ainda mais transparência. Zelensky destacou que o país só aceitará um acordo que garanta uma “paz digna”, incluindo compromissos de segurança como o avanço no processo de adesão à União Europeia.
Por: Metrópoles

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