A oferta de matrículas de ensino médio em tempo integral no Brasil mais que triplicou de 2016 a 2024, passando de 392,9 mil para 1,34 milhão os alunos inscritos nessa modalidade. Os dados são de levantamento do Todos Pela Educação com dados do Ministério da Educação.
O percentual de estudantes frequentando escolas em tempo integral no Brasil ficou em 21,7%. No início do período analisado, era de 5,7%. Houve um crescimento de 16 pontos percentuais.
O número de escolas que ofertam ensino médio em tempo integral passou de 1.673 em 2016 para 7.153 em 2024 (número que representa 35,3% do total). Algumas dessas instituições, porém, ofertam essa modalidade de ensino a uma pequena parcela de alunos.
“As evidências mostram de forma consistente que o EMI [ensino médio integral] reduz a evasão, melhora a aprendizagem e amplia o acesso ao ensino superior, especialmente entre os mais vulneráveis. Seus efeitos se estendem para além da trajetória educacional, alcançando a renda, a inserção no mercado de trabalho, além de benefícios sociais em saúde, segurança e bem-estar”, escreve o Todos Pela Educação.
O ensino médio integral tem carga horária igual ou superior a 35 horas semanais. Leia a íntegra do estudo (PDF – 2 MB).
Pernambuco é a unidade da Federação que tem o maior percentual de alunos do ensino médio estudando em tempo integral: 71%. É seguido de Piauí (58%) e Ceará (53%).
Na outra ponta do ranking, aparecem Distrito Federal, Santa Catarina e Roraima, com menos de 5% cada um das matrículas do ensino médio na modalidade integral.
O levantamento mostra que 22 dos 27 planos de governo apresentados pelos governadores dos Estados e do Distrito Federal eleitos em 2022 traziam alguma menção ao ensino em tempo integral.
O Todos Pela Educação diz que esse dado “revela que a ampla maioria dos governadores eleitos reconhece a educação integral como uma prioridade estratégica de seus mandatos”.
