• Terça-feira, 9 de setembro de 2025

Maduro volta a antecipar o Natal na Venezuela para 1º de outubro

É o 2º ano consecutivo em que o governo Maduro adota a medida; EUA enviaram navios de guerra para o mar do Caribe em agosto.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), anunciou na 2ª feira (8.set.2025) que antecipará as comemorações de Natal no país para 1º de outubro. Este é o 2º ano consecutivo em que o governo adota a medida.

O anúncio foi feito durante o programa “Con Maduro +”, exibido na emissora estatal VTV (Venezolana de Televisión), que abriu com uma música natalina venezuelana. Maduro afirmou que decidiu adiantar o Natal porque os venezuelanos “estão constantemente em busca de felicidade”.

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“Como o nosso povo está constantemente em busca de felicidade, e para que as atividades econômica, comercial, cultural se unam e se fortaleçam, vamos aplicar a fórmula de outros anos, que fez muito bem para a economia, para a cultura, para a alegria, para a felicidade”, afirmou Maduro. “Ninguém nem nada neste mundo tirará nosso direito à felicidade, à vida e à alegria”, completou.

A declaração também se dá após a escalada de tensões com os EUA. Na 6ª feira (5.set), Maduro pediu que Trump interrompa as ameaças ao território do seu país, iniciadas em 20 de agosto, quando o governo do republicano anunciou o envio de navios de guerra para o mar do Caribe sob a justificativa de combater cartéis de drogas.

A prática de antecipar o Natal é vista como uma tentativa do presidente de desviar a atenção da população das tensões políticas e econômicas na Venezuela.

Em 2020, para levantar o ânimo dos venezuelanos durante a pandemia da covid-19, Maduro antecipou o início das celebrações para 15 de outubro. Em 2021, pelo menos motivo, antecipou a data para o dia 4 do mesmo mês.

Em 2024, as tensões no país se agravaram desde as eleições presidenciais em 28 de julho. Na ocasião, o líder se autoproclamou reeleito mesmo com as alegações de fraude eleitoral constatadas por parte da oposição e por uma parcela da comunidade internacional.

Por: Poder360

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