• Segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Em negociação com EUA, Lula diz que Trump ofendeu o Brasil

Países negociam uma reunião bilateral no domingo (26.out) durante viagem de ambos os líderes à Malásia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 2ª feira (20.out.2025) que o Brasil “não abaixou a cabeça” quando foi “ofendido” pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). A declaração foi dada em um momento de expectativa por um encontro presencial entre os líderes. Se confirmado, é provável que seja realizado no domingo (26.out) durante a Cúpula do Leste Asiático, na Malásia.

“Quando o presidente Trump atacou o Brasil e ofendeu o Brasil, a gente não abaixou a cabeça. Embora não sejamos tão grandes como eles, temos caráter e dignidade. É isso que faz um país virar nação”, disse Lula durante o lançamento do Reforma Casa Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília.

O presidente também afirmou que um país só pode ser considerado soberano quando assegura condições básicas à população e voltou a criticar a elite econômica brasileira. “Dizem que a gente gasta demais. Mas os mesmos empresários que reclamam de nós têm mais de R$ 500 bilhões em isenções fiscais e não querem abrir mão de 1% disso”, declarou.

Ele cobrou a redução da taxa de juros e criticou empresários que resistem a abrir mão de isenções fiscais. O BC [Banco Central] vai precisar começar a baixar o juro. Todo mundo sabe o que herdamos e que estamos preparando o país para ter uma política monetária mais séria”, declarou, mencionando os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa.

Também estiveram presentes na cerimônia:

Assista ao evento (56min6s):

O programa é mais um movimento do governo em direção ao eleitor de renda média-baixa. As novas medidas complementam o novo modelo de crédito imobiliário, também anunciado neste mês. Como mostrou o Poder360, o presidente já divulgou 7 projetos em 2025 voltados a essa faixa da população.

Os empréstimos serão de R$ 5.000 a R$ 30.000 e poderão ser solicitados por pessoas com renda mensal bruta familiar de até R$ 9.600.

A estratégia agora mobiliza 2 mecanismos. Dos R$ 40 bilhões anunciados, R$ 30 bilhões vêm diretamente do Fundo Social –um recurso público que integra o orçamento estatal. Outros R$ 10 bilhões serão aportados pela Caixa Econômica Federal, via SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), para atender famílias com renda superior a esse valor. 

Por: Poder360

Artigos Relacionados: