O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), fechou em alta de 0,77%, atingindo 144.509,32 pontos nesta 2ª feira (20.out.2025).
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,63%, cotado em R$ 5,371. Esta é a 4ª sessão consecutiva de perdas da moeda norte-americana. Durante o pregão, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,366 e a máxima de R$ 5,414.
O movimento de queda do dólar no Brasil ocorreu mesmo diante da fraqueza das commodities no mercado internacional e destoou da tendência global. Por volta das 17h, o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de divisas fortes, operava em alta de 0,18%.
O principal fator por trás do otimismo nos mercados nesta 2ª feira foi um breve alívio nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Investidores repercutiram declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, que no fim de semana adotou um tom mais conciliador. Ele afirmou que os EUA “ficarão bem” com a China e disse que uma eventual tarifa de 100% sobre produtos chineses “não é sustentável”, embora não a tenha descartado completamente.
Nesta 2ª feira, Trump voltou a comentar o tema antes de conversas bilaterais com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese. “Acho que ficaremos bem com a China. […] Acho que terminaremos com um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos felizes”, declarou.
As falas antecedem um encontro presencial entre autoridades dos 2 países na Malásia, programado para esta semana, antes da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático).
Os mercados também analisaram dados da economia chinesa. O PIB (Produto Interno Bruto) do país asiático cresceu 4,8% no 3º trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, e 1,1% na comparação com o 2º trimestre.
Os números vieram em linha com o esperado na base anual e acima da projeção de 0,8% para a alta trimestral, reforçando no mercado a avaliação de que o país segue no “caminho certo” para atingir sua meta de crescimento de aproximadamente 5% este ano.
No Brasil, os investidores monitoraram a divulgação do Boletim Focus pelo Banco Central. O relatório mostrou uma redução na estimativa de inflação para 2025, que agora está projetada em 4,70%. Apesar da queda, a estimativa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) segue acima do teto da meta para o período, de 4,5%.
Durante a tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “vai terminar mandato com a menor inflação da história”.