• Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Dólar cai a R$ 5,38, menor valor em mais de um ano, e Bolsa dispara

Desempenho dos mercados de câmbio e ações foi resultado de dados "benignos", divulgados sobre a inflação no Brasil e nos Estados Unidos

Os mercados de câmbio e ações viveram um dia de festa nesta terça-feira (12/8). O registrou queda de 1,06% frente ao real, cotado a R$ 5,38, atingindo o menor valor em mais de um ano (em junho de 2024, chegou a R$ 5,37). Já o , o principal índice da Bolsa brasileira (), fechou em alta de 1,69%, aos 137.911 pontos. O principal fator que contribuiu para esses resultados foi a divulgação de dados sobre a tanto no Brasil como nos Estados Unidos. Eles revelaram números que animaram os agentes econômicos. Leia também Leia também No caso dos EUA, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) de julho subiu 0,2% na base mensal, em linha com as projeções do mercado. A inflação anual do índice cheio subiu para 2,7% em julho, enquanto o núcleo do CPI acelerou para 0,3% no mês e acumula alta de 3,1% em 12 meses, acima do esperado. Na avaliação de Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, de maneira geral, os números indicam efeitos modestos das tarifas comerciais na inflação. “O mercado interpretou o dado de forma benigna, indicando que o Federal Reserve (, o banco central americano) pode manter sua postura cautelosa, mas corroborando a expectativa de cortes de juros a partir de setembro.” Corte de juros A mera possibilidade de corte nos juros básicos dos EUA, hoje fixados no intervalo entre 4,25% e 4,50%, tem forte impacto no mercado. Se ela ocorrer, tendência é de que aumente o apetite de investidores por ativos de risco, como as ações negociadas em bolsas de valores. Esse foi um dos motivos que puxou para cima os índices de Nova York. Às 16h40, 0 S&P 500 apresentava elevação de 1,07%, o Dow Jones subia 1,04% e o Nasdaq, que concentra as ações de empresas de tecnologia, avançava 1,34%. IPCA abaixo da expectativa Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo () de julho subiu 0,26%. O número ficou abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para 0,37%. “Embora tenha havido uma leve aceleração em relação a junho (0,24%), a surpresa de queda em relação ao consenso foi bem-recebida”, diz Paula Zogbi. Para ela, o número reforça a “tese de desinflação e, em conjunto com o ambiente internacional mais favorável, contribuiu para um dia positivo no Ibovespa e de quedas dos juros futuros, refletindo a percepção de um cenário mais controlável para a inflação”. “Potencialmente, abre espaço para a retomada do ciclo de cortes da Selic, embora a inflação continue consideravelmente acima da meta do Banco Central ()”, afirma. Dólar no mundo Às 16h40, o dólar também caía no mercado global. O índice DXY, que mede a força da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas fortes (euro, yen, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), recuava 0,45%. No mesmo horário, além do real, o dólar também perdia para outras moedas de nações emergentes. A queda era de 0,35% em relação ao peso mexicano e de 0,28% sobre o peso colombiano. Ibovespa O bom desempenho do Ibovespa, além do bom humor com os dados de inflação, foi resultado da valorização de ações de grande peso no índice. Esse foi o caso dos papéis da Vale, que subiam 1,36% às 16h50, e de bancos como o Itaú, com avanço de 2,44%, no mesmo horário. A operava estável, com leve recuo de 0,06%.
Por: Metrópoles

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