A estimativa da Firjan é de que 2% das exportações fluminenses estejam sujeitas às tarifas implementadas pelo governo de Donald Trump, com base nas exportações totais de 2024. Entre os setores afetados estão os de Alimentos e Bebidas, Plástico, Químico, Têxtil e Pescado.“A Firjan reforça, mais uma vez, a importância da continuidade do diálogo entre os governos, com apoio do setor empresarial, para a busca de soluções negociadas e que preservem o ambiente de negócios e investimentos entre os países. Assim como a federação também defende a necessidade de implementar a abertura de novos mercados”, disse em nota.
FIEMG: Medidas paliativas
Já a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) disse reconhecer que as medidas do Plano Brasil Soberano representam um esforço para conter parte dos prejuízos com as tarifas impostas pelos EUA aos produtos brasileiros. No entanto, segundo a entidade, o impacto real sobre a preservação da competitividade industrial brasileira dependerá da agilidade na execução das medidas e da eliminação de barreiras burocráticas para que os recursos cheguem, de fato, ao setor produtivo. Segundo o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, as ações apresentadas não substituem a necessidade de uma solução de caráter estrutural e diplomático.Relacionadas“As medidas podem dar algum fôlego às empresas, mas não resolvem a raiz do problema. É urgente que o Brasil mantenha negociações firmes e produtivas com o governo norte-americano, buscando reverter as tarifas e resguardar uma relação comercial estratégica. Se não houver rapidez na implementação e clareza nas regras, o risco é que os recursos e incentivos fiquem no papel”, disse, em nota.


