• Sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Deputados republicanos criticam condenação de Bolsonaro

Congressistas norte-americanos dizem que o "mundo está assistindo" e chamam Lula de "bandido".

Além do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), deputados republicanos reagiram à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Congressistas norte-americanos classificaram a decisão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) como “vergonhosa para a democracia brasileira”.

Por 4 votos a 1, os ministros consideraram, na 5ª feira (11.set.2025), Bolsonaro culpado por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.

A deputada republicana María Elvira Salazar (Flórida) disse que a condenação representa um “dia sombrio” para o Brasil e que “o mundo está observando”. Ela afirmou que a democracia deve ser apoiada e que os EUA devem se posicionar “contra esse abuso de poder vergonhoso”.

No X, ela escreveu: “Essa condenação fraudulenta não é justiça, é vingança política. Um julgamento encenado destinado a intimidar, punir e silenciar a voz do povo. A democracia morre quando juízes agem como ditadores. O povo do Brasil merece tribunais justos, eleições livres e líderes escolhidos nas urnas, não condenados em julgamentos secretos”.

O deputado republicano Carlos A. Giménez (Flórida) também criticou a condenação em publicação no X. “O presidente brasileiro Jair Bolsonaro é agora um prisioneiro político no regime do bandido socialista Lula da Silva”, declarou.

Ao falar sobre a condenação de Bolsonaro, Trump disse estar surpreso e decepcionado. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afirmou que os EUA “responderão adequadamente”.

A ala democrata do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA se manifestou sobre o assunto.

Em comunicado assinado pelos deputados Gregory W. Meeks (Nova York), Joaquin Castro (Texas) e Sydney Kamlager-Dove (Califórnia), os congressistas disseram que os EUA devem estar ao lado do povo brasileiro “enquanto eles começam a seguir em frente após essa ameaça à sua democracia”. Citaram o tarifaço imposto por Trump.

Esse caminho, no entanto, foi minado pelos esforços do governo Trump para interferir nas instituições democráticas do Brasil, ao impor uma tarifa ilegal de 50% ao país para manipular esse processo judicial”, diz a nota.

O fato de Trump ter travado uma guerra comercial para defender seu aliado que tentou um golpe não apenas rompeu as relações EUA-Brasil, mas também prejudicou famílias norte-americanas, impactadas pelo que, na prática, são impostos. Interesses econômicos e de segurança nacional dos EUA sofreram danos colaterais, já que o Brasil exporta cada vez mais seus produtos para a China em vez dos Estados Unidos”.

O comunicado pede que o presidente norte-americano “encerre imediatamente seus esforços para minar a democracia do Brasil e acabe com essas tarifas ilegais que afetam a economia norte-americana”.

A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou Jair Bolsonaro (PL) em 11 de setembro de 2025 por 5 crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado. Votaram pela condenação do ex-presidente e dos outros 7 réus: Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin (presidente da 1ª Turma).

Luiz Fux foi voto vencido. O ministro votou para condenar apenas Mauro Cid e Walter Braga Netto por abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No caso dos outros 6 réus, o magistrado decidiu pela absolvição.

Foram condenados:

Veja na galeria abaixo as penas e multas impostas a cada um:

Os 8 formam o núcleo 1 da tentativa de golpe. Foram acusados pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Por: Poder360

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