O deficit geral da balança comercial dos Estados Unidos diminuiu 16% de maio para junho e atingiu US$ 60,2 bilhões, de acordo com dados divulgados nesta 3ª feira (5.ago.2025) pelo Departamento de Comércio do governo norte-americano. É o valor mais baixo para a diferença entre importações e exportações do país desde setembro de 2023.
O resultado da balança comercial superou as expectativas de analistas do mercado, que projetavam para junho um deficit de US$ 61 bilhões.
A redução se deu por causa de uma forte queda nas importações de bens de consumo depois do anúncio das tarifas alfandegárias de Donald Trump. O republicano vem divulgando nas últimas semanas cartas e comunicados a parceiros comerciais com avisos sobre a imposição de taxas a produtos importados pelos EUA.
As exportações caíram 0,5% no período. Totalizaram US$ 277,3 bilhões, abaixo dos US$ 278 bilhões de maio. O setor metalúrgico registrou a maior retração, enquanto as indústrias de maquinário e aviões civis tiveram os melhores resultados em vendas para o exterior.
Já as importações atingiram US$ 337,5 bilhões, contra US$ 350,3 bilhões em maio –queda de 3,7%. Os setores de produtos farmacêuticos, automotivo e petrolífero registraram as maiores quedas nas operações. As 3 áreas foram ameaçadas com tarifas nos últimos meses, o que reduziu os custos de produção das respectivas indústrias.
A diminuição do deficit comercial contribuiu fortemente para a recuperação do PIB dos EUA no 2º trimestre. O resultado foi suficiente para reverter a desaceleração da economia norte-americana nos primeiros 3 meses do ano, quando as empresas intensificaram as importações para se antecipar ao tarifaço de Trump.
O deficit comercial na balança comercial Pequim-Washington caiu de US$ 4,6 bilhões em maio para US$ 9,4 bilhões em junho, o que indica uma desaceleração do comércio entre os dois países.
China e Estados Unidos concordaram na 3ª feira (29.jul) em prolongar a trégua tarifária estabelecida em 14 de maio. No momento, o governo norte-americano mantém em vigor tarifas de 30% sobre os produtos chineses.
