O presidente da COP30 (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), André Corrêa do Lago, defendeu nesta 2ª feira (13.out.2025) evitar a inclusão de temas na cúpula. Segundo ele, isso poderia travar o avanço das negociações de mecanismos para impedir a aceleração do aquecimento global.
Corrêa do Lago declarou que é preciso “evitar bloqueios que sejam provocados pelo desejo de colocar na agenda coisas que não estão na agenda”. Ele não foi específico quanto aos itens que não deveriam ser incluídos nas discussões. O evento será realizado em Belém de 10 a 21 de novembro de 2025.
“O que a gente quer é assegurar que a gente tenha uma COP na qual a gente possa avançar nas negociações”, disse Corrêa do Lago durante a Pré-COP30 em Brasília. Diplomata do topo da carreira, ele é frequentemente chamado de “embaixador”.
Tasneem Essop, diretora-executiva da Climate Action Network International, disse que as negociações multilaterais sobre o clima têm funcionado, mas que há desconfiança da população de vários países quanto à eficiência desse tipo de acerto. “A COP precisa responder a essa desconfiança”, afirmou. Ela participa das discussões da Pré-COP30.
A Climate Action é uma rede de entidades da sociedade civil que discute soluções para o aquecimento global. “É o momento de mostrar para as pessoas que estamos levando justiça para a vida delas. Não podemos ficar discutindo melhores práticas”, afirmou Essop.
A Climate Action propôs o BAM (Mecanismo de Ação de Belém, na sigla em inglês) com propostas para que a COP30 resulte em ações.
A abertura da Pré-COP30 foi realizada nesta 2ª feira (13.out) pelo presidente interino, Geraldo Alckmin (PSB). Também falaram as ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Ele apresentou 5 prioridades para incentivar o financiamento de projetos sustentáveis.
