A Cúpula de Líderes da COP30 (Conferência do Clima da ONU), que começou na 5ª feira (6.nov.2025) em Belém (PA), tem tido presença irregular na mídia estrangeira. Enquanto parte da imprensa internacional tem dedicado espaço de destaque ao encontro, outros veículos abordam o evento de maneira mais discreta.
Entre os jornais que deram maior destaque nos últimos dias estão o britânico Guardian, o francês Le Monde, o espanhol El País, o alemão Deutsche Welle e os norte-americanos Washington Post, Bloomberg e Financial Times.
Na 5ª feira (6.nov), o Guardian publicou uma reportagem com o discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, classificando como uma “falha moral” o fato de o mundo estar a caminho de ultrapassar o limite de 1,5 °C de aquecimento. Já nesta 6ª feira (7.nov), publicou sobre a participação dos Estados Unidos na cúpula climática. Além disso, o tema estava na manchete do jornal no final da manhã e no começo da tarde desta 6ª feira (7.nov).

O Le Monde destacou o que chamou de otimismo do Brasil e a tentativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de converter a COP30 em um marco político para o Sul Global, com foco na proteção da Amazônia e em um novo compromisso de financiamento climático. Além disso, o jornal deu destaque aos preços “exorbitantes” das acomodações na cidade e aos “desafios” de sediar o evento.
O DW dedicou sua página principal à conferência climática, com foco no simbolismo da realização na Amazônia. Nesta 6ª feira (7.nov), publicou uma reportagem sobre o TFFF (Fundo Florestas Tropicais Para Sempre), lançado no dia anterior pelo presidente brasileiro, e que prevê o investimento de US$ 125 bilhões para a proteção florestal e o fortalecimento das comunidades indígenas na conservação da natureza.
Nos EUA, Washington Post, Wall Street Journal e FT abordaram o evento sob ângulos mais políticos e econômicos. As reportagens ressaltam a ausência do presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano), que optou por não enviar representantes de alto escalão, e o impacto dessa decisão na diplomacia climática norte-americana. A Bloomberg, por sua vez, concentrou a cobertura nas implicações financeiras e nas oportunidades de investimento em energia limpa e preservação de florestas tropicais.
Outros veículos de grande alcance, como New York Times, CNN International, Clarín, Der Spiegel e AlJazeera, têm tratado a conferência de forma um pouco mais discreta. Em geral, os textos têm caráter explicativo ou opinativo, sem destaque na capa dos portais.
As agências Reuters e Associated Press, por outro lado, mantêm uma cobertura contínua sobre a COP30, mas com foco na infraestrutura de Belém e nas dificuldades logísticas, além da chegada das delegações internacionais.





