A colocou em operação, nesta sexta-feira (7/11), o , considerado o mais poderoso já produzido pelo país e o primeiro de projeto totalmente nacional. O comissionamento ocorreu durante uma cerimônia em Sanya, no sul chinês, com a presença do presidente Xi Jinping, e marca um avanço significativo na estratégia de modernização das Forças Armadas da China. Confira:
O Fujian é o terceiro porta-aviões chinês, mas o primeiro a empregar catapultas eletromagnéticas para o lançamento de aeronaves — tecnologia até então utilizada apenas pela em seu modelo mais avançado, o USS Gerald Ford.
Com 316 metros de comprimento e mais de 80 mil toneladas, o navio está na categoria dos super porta-aviões, projetado para operar até 50 aeronaves.
Após 40 meses de testes, sendo 18 deles no mar, o Fujian foi declarado operacional. Em setembro, foram realizados ensaios com os caças J-15T e J-35, além do avião-radar KJ-600 — modelos que reforçam a capacidade aérea embarcada chinesa. O J-35, em particular, é um caça furtivo de quinta geração, comparável ao americano F-35.
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China x EUA
O lançamento do Fujian simboliza o esforço de Pequim para aproximar-se do poder naval dos EUA, que hoje operam 11 grupos de porta-aviões.
Já o Fujian, movido a óleo diesel, pode navegar cerca de 18 mil quilômetros sem reabastecimento, o suficiente para patrulhar o Pacífico Ocidental, principal foco estratégico de Xi.
A nomeação da embarcação não é acidental: Fujian é a província continental chinesa mais próxima de Taiwan, território que Pequim considera parte inalienável de seu país. A escolha parece reforçar o simbolismo político e militar da operação, num momento em que as tensões no estreito de Taiwan se intensificam.

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Papel estratégico
O novo porta-aviões também desempenha um papel central na política de segurança marítima do líder chinês, voltada a proteger rotas por onde passam as exportações chinesas e o petróleo importado do Oriente Médio. Embora o país ainda não possua projeção global semelhante à norte-americana, sua marinha cresce rapidamente, superando numericamente a dos EUA em quantidade de embarcações.
O próximo passo do programa naval chinês será o lançamento de um porta-aviões com , atualmente em construção sob sigilo.