Como transformar uma fazenda deficitária em um negócio lucrativo

Não existe fazenda ruim. Existe fazenda mal gerida. Quando você entende isso, o lucro volta para a porteira No início dos anos 2000, a Fazenda São Pedro, em Barra do Garças (MT), vivia um dilema comum a muitos produtores: alta produção e prejuízo constante. A atividade leiteira, mesmo com 16 mil litros diários, consumia mais do que gerava. O grupo CFM, dono da fazenda, cogitava encerrar o leite e dedicar toda a área à cana-de-açúcar. Conteúdo baseado em entrevista do podcast MF Cast. Foi nesse cenário que André, gestor da unidade, recebeu a missão de “fazer o leite se pagar”. E não havia espaço para tentativas: ou o negócio mudava, ou seria extinto. Siga a leitura e acompanhe o Compre Rural, aqui você encontra informação de qualidade para fortalecer o campo.

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Antes de mudar o pasto, ele mudou a mentalidade André entendeu que o problema não estava na vaca, mas na gestão. Faltava medir, planejar e otimizar. Em vez de buscar soluções rápidas, ele foi atrás de conhecimento de campo: percorreu mais de 4.200 quilômetros pelo Brasil, visitando fazendas de referência e conversando com produtores que conseguiam resultado mesmo em sistemas simples. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});“Fui ver o que dava certo em outros lugares. E percebi que quem tinha lucro não produzia mais leite, mas produzia leite melhor e com eficiência”, contou André, no MF Cast. Gestão é o primeiro passo da virada De volta à fazenda, André fez o que poucos produtores fazem: levantou cada custo. Desde o litro de combustível até o preço da silagem. O diagnóstico mostrou desperdícios em vários pontos, insumos, lotação e uso de área. A partir daí, veio a reestruturação:

Rotacionamento de pastos com adubação planejada;

Integração lavoura-pecuária em áreas de reforma de cana;

Aproveitamento de áreas declivosas e com árvores, antes ociosas;

Foco em eficiência alimentar e genética adaptada ao sistema.

O segredo estava na lotação e no planejamento Com manejo intensivo e rotacionamento, a lotação passou de 1,8 vaca por hectare para até 10 vacas/ha em piquetes bem estruturados. O ganho de escala veio sem precisar expandir área. A produtividade aumentou, os custos caíram, e a rentabilidade finalmente apareceu. Em 2000, a fazenda registrou 35,6% de retorno sobre o capital investido, número histórico dentro do grupo CFM.
O leite, antes ameaça, passou a render mais que a cana-de-açúcar nas áreas destinadas a ele. Leite como símbolo de gestão eficiente A transformação da Fazenda São Pedro não foi sobre o leite, foi sobre gestão rural moderna. O segredo esteve na disciplina e no uso racional da terra, algo que muitos produtores ainda resistem em adotar. “Produzir muito não significa ganhar dinheiro. O que muda o jogo é saber onde cada real está indo e onde ele volta”, resume André. Lições para o produtor rural O caso da Fazenda São Pedro deixa um recado claro a quem enfrenta prejuízo no campo:

Conhecimento é lucro. Visitar, aprender e comparar resultados faz diferença.

Gestão antes da genética. De nada adianta boa vaca se o sistema é ineficiente.

Cada hectare tem um papel. Use o bom para lavoura, o marginal para pasto, mas nada parado.

Controle é poder. Saber quanto custa produzir um litro é o primeiro passo para ganhar dinheiro com ele.

De déficit a exemplo de rentabilidade A fazenda que quase abandonou o leite virou referência de eficiência no Centro-Oeste. E a história mostra que o sucesso no campo não é fruto do acaso, mas de gestão, técnica e coragem para mudar. “Não existe fazenda ruim, existe fazenda mal gerida. Quando o produtor entende isso, o lucro volta para a porteira.” Escrito por Compre Rural VEJA MAIS:

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias