Cajueiro-anão resiste à estiagem e mantém alta produção no Semiárido nordestino
Comissão na Câmara aprova projeto que proíbe “venda casada” no crédito rural
Proposta reforça proteção jurídica ao produtor, reduz custos de financiamento, garante mais transparência e pune práticas abusivas de bancos.
Proposta reforça proteção jurídica ao produtor, reduz custos de financiamento, garante mais transparência e pune práticas abusivas de bancos. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) aprovou, nesta quarta-feira (17), o parecer favorável do deputado Rodrigo da Zaeli (PL-MT) ao Projeto de Lei 2.481/2025, de autoria do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), ambos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A proposta altera a Lei nº 4.829, de 1965, para vedar que instituições financeiras condicionem a concessão do crédito rural à aquisição de outros produtos ou serviços financeiros, prática conhecida como “venda casada”. De acordo com o texto, ficam proibidas exigências como contratação de títulos de capitalização, consórcios, aplicações financeiras, planos de previdência, depósitos em poupança e seguros de vida ou residenciais, entre outros. A exceção são os instrumentos diretamente ligados à mitigação de riscos da atividade rural, como o seguro agrícola e o Proagro. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Cajueiro-anão resiste à estiagem e mantém alta produção no Semiárido nordestino O relator do projeto, deputado Rodrigo da Zaeli, destacou durante debate na comissão, que, apesar de já haver normas gerais sobre o tema, os produtores ainda enfrentam dificuldades. “Mesmo com o Código de Defesa do Consumidor e resoluções do Banco Central, a venda casada continua sendo imposta na ponta. Muitos agricultores relatam que só conseguem crédito se aceitarem contratar seguros ou aplicações financeiras,” disse o deputado, e afirmou que “a proposta dá clareza, segurança jurídica e é um instrumento mais efetivo de proteção ao produtor rural”.window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Zaeli ressaltou ainda que a proposta garante equilíbrio. “Não estamos retirando mecanismos de proteção, como o seguro agrícola, que são fundamentais para a sustentabilidade do crédito rural. O que estamos proibindo é o abuso”, completou. Já o autor da proposta, deputado Evair Vieira de Melo, coordenador de Direito de Propriedade da FPA, disse que a medida enfrenta uma prática recorrente e prejudicial aos agricultores. “O objetivo do nosso projeto é muito claro: precisamos dar um fim à chantagem representada pelas chamadas ‘vendas casadas’ e às obrigações impostas pelas instituições financeiras no momento da concessão de crédito. Essa prática tem se tornado uma perseguição implacável contra os nossos agricultores”, afirmou. Segundo o parlamentar, a situação afeta principalmente quem está longe dos grandes centros. “Muitos produtores, sobretudo no interior do Brasil, acabam sendo induzidos ou coagidos a adquirir produtos e serviços que não precisam. São homens e mulheres simples, que muitas vezes não têm pleno conhecimento dos seus direitos,” disse. “Na prática, acabam sofrendo um verdadeiro assédio moral por parte dos bancos e cedem às pressões, contratando planos ou comprando itens totalmente desnecessários”, destacou Evair. O deputado capixaba acrescentou ainda que o projeto tem papel educativo e punitivo. “Nosso projeto traz a devida clareza à lei. Embora já existam previsões legais em outras normas, entendemos que a alteração proposta reforça a proteção ao agricultor e estabelece um marco mais direto. A partir dessa mudança, pretendemos também investir fortemente em comunicação e informação, para que o produtor saiba reconhecer e denunciar essas práticas abusivas”, completou.
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: FPA VEJA TAMBÉM: Rota Bioceânica: Nova ponte entre Brasil e Paraguai ficará pronta em 2026 Rentabilidade do arroz é a menor em três anos Fêmeas bovinas para o abate em MT terão redução de 30% na alíquota do Fethab ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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Por: Redação