Ação conjunta reduz em 95% infestação da podridão da uva madura em polo produtor paulista
Soja: margem de lucro do produtor cai pela metade em quatro anos, mostra estudo exclusivo da Serasa Experian
O resultado é reflexo principalmente da combinação de preços menores, custos ainda elevados e recuos de produtividade.
O resultado é reflexo principalmente da combinação de preços menores, custos ainda elevados e recuos de produtividade. A soja, que responde por cerca de 30% do custeio total do agronegócio brasileiro, viveu nos últimos anos um cenário de forte oscilação de receitas, custos e margens. Um estudo inédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, mostra como essa movimentação pressiona a saúde financeira dos produtores, que nos últimos quatro anos registraram suas margens de lucro caindo pela metade. O resultado é reflexo da combinação de preços menores, custos ainda elevados e recuos de produtividade, fatores que reforçam a necessidade de uma gestão de risco ainda mais tecnológica, baseada em dados e com um monitoramento em tempo real para toda a cadeia. A análise de sensibilidade foi construída a partir de dados de receitas e custos (insumos, defensivos, arrendamentos, mão de obra etc.) apurados nos principais municípios brasileiros nos últimos 5 anos e que foram associados aos mapas de produtividade produzidos pela Serasa Experian para o mesmo período nestas regiões. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Ação conjunta reduz em 95% infestação da podridão da uva madura em polo produtor paulista A partir disso foram criadas 4 categorias de análise (abaixo) para entender o impacto nas margens: window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});– Produtores com terras próprias e sem necessidade de custeio; – Produtores com terras próprias e 100% de custeio financiado; – Produtores arrendatários e sem necessidade de custeio; – Produtores arrendatários e 100% de custeio financiado. Frente às últimas cinco safras, o ciclo 2021/22 marcou o auge de rentabilidade para o produtor, com receita média de R$ 8.465,03 por hectare, impulsionada pelo preço da saca acima de R$ 150 e, em alguns casos, ultrapassando R$ 175. Porém, a produtividade caiu 7% devido a condições climáticas adversas. Nos anos seguintes, a realidade mudou: em 2023/24, a receita por hectare caiu 15% em relação ao pico de R$ 8.465,03 registrado em 2021/22, chegando a R$ 6.922,12, acompanhada de queda de 3% na produtividade.
Os custos também pesaram. Fertilizantes e defensivos subiram fortemente entre 2021 e 2022, pressionados pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. O custo por hectare atingiu o pico em 2022/23: R$ 5.713,62 para produtores com terras próprias e R$ 7.505,49 para arrendatários. Mesmo com uma leve queda posterior, os patamares seguem elevados. Esse descompasso impactou diretamente a rentabilidade. No caso do produtor proprietário, a margem média que era de 48,6% em 2020/21 caiu para 29,6% em 2022/23, e recuperou um pouco para 35,7% em 2024/25. Para o arrendatário, a situação foi mais crítica: de 27,2% em 2020/21 para apenas 7,3% em 2023/24, com recuperação parcial para 14,8% em 2024/25. Cenários com financiamento total dos custos no mercado de crédito ampliam ainda mais essa pressão, reduzindo as margens a níveis mínimos. Para o arrendatário, a situação foi mais crítica: de 27,2% em 2020/21 para apenas 7,3% em 2023/24, com recuperação parcial para 14,8% em 2024/25. Cenários com financiamento total dos custos no mercado de crédito ampliam ainda mais essa pressão, reduzindo as margens a níveis mínimos.
“O agronegócio brasileiro é referência mundial em produtividade, mas para manter a competitividade global, é essencial que a governança de risco acompanhe esse nível de excelência. Hoje, já temos recursos de análise muito mais precisos e acessíveis do que há poucos anos, o que permite apoiar o produtor em momentos de maior volatilidade e proteger o sistema de crédito como um todo”, diz Marcelo Pimenta, head de Agro da Serasa Experian.
Gestão de risco como diferencial competitivo De acordo com os especialistas da Serasa Experian, a sustentabilidade financeira do agronegócio depende cada vez mais de governança de crédito robusta e análise de dados de alta precisão. Hoje, é possível combinar diferentes dimensões de risco – histórico de pagamentos, capacidade produtiva, resiliência climática, compliance ESG e projeções de preços – para antecipar riscos e renegociar contratos quando necessário. Recursos como o cadastro positivo, a regulação das Cédulas de Produto Rural (CPRs) e o sensoriamento remoto reduziram custos de monitoramento e trouxeram mais transparência às operações. Com tecnologia proprietária e inteligência analítica, a Serasa Experian afirma estar transformando a forma de avaliar e acompanhar o risco de produtores rurais durante todo o período de financiamento, protegendo tanto o produtor quanto os credores e investidores em direitos creditórios. “Produzir segue sendo essencial, mas a disciplina em gerir será o fator decisivo para garantir sustentabilidade e competitividade no futuro do agronegócio brasileiro”, finaliza Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian. VEJA TAMBÉM:
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Por: Redação