Integrantes do União Brasil têm criticado a possibilidade de o partido formar uma federação com o PP. As divergências estão nas bancadas no Senado e na Câmara e nos diretórios estaduais, segundo apurou o Poder360.
Um dos que discordam com as negociações é o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que deve lançar sua pré-candidatura à Presidência na 6ª feira (4.abr.2025) e que, caso a federação seja fechada, dependeria do apoio do PP para ser o nome do grupo em 2026.
Na federação, os partidos devem se manter unidos por 4 anos. As siglas continuam com seus nomes e diretórios. É um tipo de junção mais flexível do que a fusão e a incorporação.
A lei que criou as federações determina que os partidos devem se comportar como um, inclusive na “escolha de candidatos para as eleições majoritárias”, como a de presidente.
Ou seja, caso aprovada a fusão, Caiado precisaria do aval do comandante do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) –aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirma que será candidato em 2026, mesmo inelegível.
Por enquanto, o PP tem silenciado sobre um eventual endosso ao nome de Caiado.
Ciro Nogueira afirmou nesta 2ª feira (31.mar.2025) que, pelo partido, a federação está fechada. A decisão só precisa do aval do União Brasil. A ideia é definir até o fim de abril.
A lista de contrariados também inclui os deputados federais Mendonça Filho (PE) e Pauderney Avelino (AM). Um dos motivos seria a de divergências nos diretórios estaduais.
“O União Brasil ainda não conseguiu consolidar a fusão com o DEM e com o PSL. É muito complicado partir para uma federação entre 2 partidos grandes com bases em todos os Estados. Há inúmeros problemas em vários Estados”, afirmou Pauderney ao Poder360.
A parceria entre os 2 partidos resultaria numa das maiores bancadas da Câmara e do Senado, além de um acesso bilionário a recursos públicos. Em 2024, os 2 partidos tiveram, juntos, R$ 201 milhões de Fundo Partidário e R$ 954 milhões de Fundo Eleitoral.
Eis outros números de uma eventual federação PP-União Brasil: