Governistas montaram uma força-tarefa no Congresso para compensar o enterro da medida provisória do IOF. Segundo o deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos responsáveis pela organização do grupo, cabe à Câmara achar alternativas de arrecadação para que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possa cumprir o arcabouço fiscal. O Executivo precisa de R$ 34,3 bilhões para fechar as contas de 2026.
A CFT (Comissão de Finanças e Tributação) já nomeou o deputado Mauro Benevides (PDT-CE) para relatar o PLP (Projeto de Lei Complementar) dos benefícios fiscais. O colegiado preparou um estudo sobre o tema, que já foi enviado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Leia a íntegra (PDF – 1mB).
A previsão é votar o relatório do projeto, se finalizado, na 4ª feira (22.out.2025). Depois, o texto pode seguir 2 caminhos: ou passa pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e pelo plenário ou é colocado diretamente para apreciação dos deputados. Correia, que é presidente da CFT, disse ao Poder360 que deve pedir tramitação rápida a Motta. Se aprovado, pode garantir R$ 25 bilhões ao governo.
Outro projeto de interesse dos governistas é de autoria do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e determina um aumento de 12% para 24% na taxação das bets. Os congressistas já preparam um requerimento de urgência para o texto. Se aprovado no plenário, somaria mais R$ 10 bilhões às contas do governo, que seriam investidos no sistema de saúde.
No Senado, há ainda uma expectativa de incluir no projeto da isenção do IR (Imposto de Renda) alguns pontos da MP do IOF.