• Sábado, 18 de outubro de 2025

"Bolsonaro quer Michelle no Senado para protegê-la", diz Sóstenes

O líder do PL afirma que ex-presidente teme “perseguição judicial” caso a ex-primeira-dama seja eleita para o Executivo.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, passou a tarde desta 6ª feira (17.out.2025) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto de 2025. Segundo Sóstenes, o ex-chefe do Executivo quer que sua mulher e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro dispute uma vaga ao Senado em 2026. A decisão é motivada pelo receio do ex-presidente de que ela enfrente “perseguição judicial” caso assuma funções no Executivo.

Esta é a 2ª visita do líder a Bolsonaro desde o início do confinamento. A 1ª vez foi em 22 de setembro. Sóstenes chegou às 14h55 e deixou o condomínio onde mora Bolsonaro às 18h00.

O deputado disse que Bolsonaro associa cargos no Executivo a problemas judiciais. “Ele entende que, para proteger a Michelle, um cargo executivo [não é indicado]. As pessoas sempre saem do Executivo brasileiro com problemas judiciais infinitos“, disse o líder do PL.

O deputado afirmou que a posição de Bolsonaro se dá por um “sentimento de proteção à esposa” e que em Brasília está “cristalizado” que Michelle é candidata ao Senado. 

Bolsonaro sempre fala que Michelle tem que ser do ‘cabo legislativo’. Não tem tantos problemas judiciais como no caso do Executivo”, disse Sóstenes.

A candidatura de Michelle Bolsonaro ao Senado pelo Distrito Federal é considerada uma das principais apostas do PL para as eleições de 2026. A ex-primeira-dama tem alta popularidade entre eleitores bolsonaristas e evangélicos.

Durante conversa com jornalistas, Sóstenes comentou sobre a possível indicação do atual advogado-geral da União, Jorge Messias, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao assento do ministro do Supremo Tribunal Federal Roberto Barroso, que deixa a cadeira do STF nesta 6ª feira (17.out). O deputado disse que embora evangélico, Messias “não representa a maioria dos evangélicos” e afirmou que ele é “petista“. 

O líder do PL na Câmara afirmou que seu partido pode obstruir votações na Câmara caso o governo federal não cumpra o pagamento das emendas impositivas. A declaração ocorre em meio às tensões entre a oposição e o Executivo sobre a execução do Orçamento.

Por: Poder360

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