Contagem regressiva para as férias? Não esqueça dos ovos
Brasil pode ter “passaporte verde” no agro: como o país deve se preparar para vender ao mercado internacional em 2026
As exigências socioambientais mais rígidas começam a redefinir exportações, contratos e parcerias do agro brasileiro.
As exigências socioambientais mais rígidas começam a redefinir exportações, contratos e parcerias do agro brasileiro. A partir de 2026, grandes compradores internacionais do agronegócio passarão a exigir comprovações socioambientais muito mais rigorosas para fechar contratos. O movimento já é sentido em blocos como a União Europeia, que aprovou novas regras voltadas à rastreabilidade, ao desmatamento zero e à transparência da cadeia produtiva. Relatórios internacionais mostram que, apesar da pressão crescente por critérios ambientais mais rígidos, empresas, inclusive do agronegócio, ainda estão longe de adotar padrões consistentes. O Global Forests Report 2024 indica que, entre 881 empresas avaliadas, apenas 445 relatam avanços rumo a cadeias livres de desmatamento, e só 64 têm ao menos uma cadeia com “desmatamento zero”. O Forest 500/Global Canopy 2025 reforça o cenário: apenas 3% das 500 companhias mais influentes possuem compromissos robustos e implementados. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Contagem regressiva para as férias? Não esqueça dos ovos Apesar de os avanços em direção a uma agricultura mais sustentável parecerem lentos, o endurecimento das exigências pode ser considerado decisivo para guiar o agronegócio. De acordo com José Loschi, CEO da SRX Holding’s, este pode ser o momento em que as empresas que investiram em desmatamento zero sairão na frente. window._taboola = window._taboola || [];
_taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});“Essas mudanças criam um novo tipo de ‘passaporte’. Além da qualidade do produto, seu histórico ambiental também será analisado. Aquele que não estiver preparado corre o risco de ficar fora do jogo e perder espaço para quem se antecipou a essa demanda”, explica Loschi. Os impactos podem ser sentidos especialmente nas exportações de soja, carne e milho. Estimativas mostram que o Brasil movimentou mais de US$ 160 bilhões em exportações do agro no último ano, e parte significativa desse valor depende diretamente de mercados que agora ampliam as exigências ambientais. Para Loschi, a adaptação deve ser vista como uma oportunidade para aprimorar a operação e melhorar a reputação no mercado. “O produtor que prova sua conformidade ganha uma vantagem competitiva e a confiança do comprador. Muitos países estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis”, completa. Entre os pontos que devem ganhar mais atenção nos próximos meses estão a rastreabilidade completa da produção, a comprovação de origem sem desmatamento e a implementação de práticas ESG de forma documentada. Compradores internacionais têm reforçado também que desejam fornecedores com políticas sociais claras, incluindo condições de trabalho regularizadas e registros auditáveis. Loschi destaca que a preparação precisa começar imediatamente, especialmente entre pequenos e médios produtores que podem ter mais dificuldade de adaptação. “A organização se torna, portanto, peça-chave para chegar com força em 2026. As empresas que ajudarem seus produtores a se adequar agora terão uma cadeia muito mais resiliente”, completa.
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Por: Redação





