• Sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Após assédio, Sheinbaum cria plano contra abuso sexual no México

Governo apresenta ações, como incentivar Estados a classificarem o abuso sexual como crime grave.

O governo do México, por meio da Secretaria das Mulheres, apresentou um plano contra o abuso sexual. A medida se dá depois do caso de assédio sofrido pela presidente do país, Claudia Sheinbaum Pardo (Morena, esquerda). O programa, divulgado na 5ª feira (6.nov.2025), estabelece 7 ações estratégicas, incluindo incentivar os Estados a classificarem o abuso sexual como crime grave em todo o território nacional.

O plano governamental, determinado por Sheinbaum, busca fortalecer a resposta institucional e facilitar o acesso à Justiça para as mulheres vítimas. Seu principal objetivo é agilizar as denúncias e estimular uma mudança cultural na sociedade mexicana.

“Estamos trabalhando para tornar o assédio um crime penal em todos os Estados da República”, disse Sheinbaum. “Além disso, estamos trabalhando em uma campanha, que vamos lançar a partir de 25 de novembro, que é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres”, declarou a presidente.

O lançamento oficial das ações deve ser em 25 de novembro. A secretária Citlalli Hernández Mora coordenará a iniciativa.

Em nota, o governo federal afirmou que haverá, em 13 de novembro, uma reunião com presidentes das Comissões de Gênero das assembleias estaduais das 32 entidades federativas do país para coordenar as reformas propostas.

Eis as 7 ações do plano, apresentadas pelo governo federal:

Na 3ª feira (4.nov), Sheinbaum foi vítima de assédio sexual enquanto caminhava e cumprimentava a população no centro da Cidade do México, capital do país.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver o momento em que um homem, identificado como Uriel Rivera, aproxima-se e faz contato com a presidente. Ela não caminhava com seguranças ao lado intermediando as aproximações.

Na 4ª feira (5.nov), em entrevista a jornalistas no Palácio Nacional, Sheinbaum afirmou que decidiu prestar queixa contra o agressor. Ela disse que só se deu conta do incidente quando viu o vídeo. “É algo que não deveria acontecer em nosso país. E não digo como presidente, mas como mulher”, declarou. “Ninguém pode invadir nosso espaço pessoal”, disse.

Nas imagens, Sheinbaum tira fotos com apoiadores quando um homem se aproxima por trás. Ele passa a mão na cintura da presidente e tenta tocar nos seios dela. Depois, tenta beijá-la no pescoço. Um segurança, então, se aproxima e afasta o homem.

Sheinbaum tenta contornar a situação e dá tapinhas nas costas do homem, antes de seguir com a caminhada. A presidente estava em direção a um evento do Ministério de Educação Pública, perto do palácio presidencial.

Assista ao momento (18s):

Por: Poder360

Artigos Relacionados: