• Quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Antonio de Pádua será o 1º representante da PF na China

Atual superintendente da Polícia Federal em Pernambuco ocupará posto inédito do Brasil no país asiático.

Antonio de Pádua Vieira Cavalcanti será o 1º adido da PF (Polícia Federal) a ocupar o recém-criado posto em Pequim, na China. Atual superintendente da PF em Pernambuco, ele foi nomeado no final de agosto, segundo apurou o Poder360. Ao todo, 21 inscritos disputavam a vaga, que marca mais um capítulo de fortalecimento das relações diplomáticas entre Brasil e China no campo da defesa e da segurança.

Pádua ocupa o cargo de superintendente em Pernambuco desde janeiro de 2023. Antes, atuou por 4 anos como secretário de Defesa Social do Estado, durante a gestão do governador Paulo Câmara (PSB). Pádua pôs o cargo à disposição em maio de 2021 depois de o Batalhão de Choque reprimir duramente protestos pacíficos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sem sua permissão. A ação resultou na perda de visão de 2 homens atingidos por bala de borracha.

Segundo o edital da PF, Pádua assumirá o posto em Pequim a partir de dezembro, sem data definida até o momento. Na mesma ocasião, o Brasil passará a contar, também pela 1ª vez, com adidos militares na China com patente de general ou equivalente, um cenário que atualmente só existe na Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

O decreto com as mudanças foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelos ministros da Defesa, José Múcio, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e publicado no Diário Oficial da União em 2 de junho de 2025, 3 semanas depois de uma visita de Estado do líder brasileiro à China.

O general Rovian Alexandre Janjar ocupará o cargo de Adido de Defesa e do Exército na China a partir de 12 de dezembro. A nomeação foi anunciada no DOU em 11 de agosto de 2025. Haverá também um contra-almirante da Marinha e um coronel da Aeronáutica que servirão como adidos no país.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil há 15 anos, desde 2009, e seu protagonismo tem aumentado nos últimos meses em um momento de guerra tarifária estabelecida pelo atual governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).

Por: Poder360

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