Carta-bomba
Em 27 de agosto de 1980, durante o regime militar, a secretária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lyda Monteiro, foi morta ao abrir uma carta-bomba, revelou a Comissão da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio), vinculada ao governo do estado. A correspondência era endereçada ao então presidente da entidade, Eduardo Seabra Fagundes, mas foi aberta por Lyda, secretária dele. Na época, a OAB denunciava desaparecimentos e torturas de perseguidos e presos políticos. Em 2015, a Comissão Estadual da Verdade (CEV) revelou os nomes dos envolvidos no atentado contra a sede da OAB-RJ, que resultou na morte de Lyda. Com base em depoimentos de testemunhas, fotos e retratos falados, a comissão identificou a participação do sargento Magno Cantarino Motta, codinome Guarany, que entregou a bomba pessoalmente na sede da OAB; o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que confeccionou o artefato e o coronel Freddie Perdigão Pereira, que coordenou a ação. A elucidação do caso foi possível após a identificação de uma testemunha ocular que trabalhava na OAB quando ocorreu o atentado. *Colaborou Isabela Vieira Relacionadas
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