Alckmin diz que considera pedir a Trump mais prazo para negociar taxas
O vice-presidente ainda reforçou que o setor da indústria vai cooperar com o governo nas negociações, conversando com seus parceiros nos EUA
O vice-presidente confirmou, nesta terça-feira (15/7), a possibilidade de solicitar a extensão do prazo de negociações no âmbito do .
“Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou o vice-presidente após reunião com empresários do setor da indústria.
Alckmin também reforçou que o governo federal, ao lado dos setores prejudicados, vai trabalhar para reverter a sanção comercial anunciada pelo presidente norte-americano .
Participaram da reunião, do lado do governo federal:
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento;
Marcio Rosa, secretário-executivo;
Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior;
Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços;
Rodrigo Zerbone, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior;
Rui Costa, ministro da Casa Civil;
Bruno Moretti, secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil;
Jairo Gonçalves, assessor-chefe da Casa Civil;
Maria Laura da Rocha, embaixadora, ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores;
Maurício Carvalho Lyrio, embaixador, secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE;
Fernando Meirelles de Azevedo Pimentel, embaixador, diretor do Departamento de Política Comercial do MRE;
Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
Guilherme Mello, secretário de Política Econômica;
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos;
Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;
Olavo Noleto, secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da SRI;
Celso de Tarso, embaixador, chefe da Assessoria Especial Diplomática;
Vilma da Conceição Pinto, chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos e Sociais;
Daniel Brito, primeiro secretário da Assessoria Especial Diplomática.
Do lado dos setores, estavam presentes:
Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer;
Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI);
Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp);
José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq);
Haroldo Ferreira, presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);
Janaína Donas, presidente-Executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL);
Fernando Pimentel, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT);
Paulo Roberto Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci);
Paulo Hartung, presidente Executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ);
Armando José Giacomet, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci);
Rafael Lucchesi, CEO da Tupy;
Giovanni Francischetto, superintendente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas);
Edison da Matta, diretor Jurídico e de Comércio Exterior do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças);
Cristina Yuan, diretora de Relações Institucionais do Instituto Aço Brasil;
Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG;
Fausto Varela, presidente SINDIFER;
Bruno Santos, diretor executivo ABRAFE;
Alexandre Almeida, diretor da RIMA.
Brasil é principal alvo do tarifaço
Desde o início da semana passada, os EUA têm notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. .
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O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. .
Lei de Reciprocidade Econômica
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade Econômica.
O texto estabelece critérios para suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por países ou blocos econômicos que impactem o Brasil.
O decreto também formaliza a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, responsável por deliberar sobre a aplicação de contramedidas provisórias e acompanhar as negociações sobre as medidas unilaterais impostas contra o país.
Integram o comitê os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (), que o presidirá, da Casa Civil da Presidência, da Fazenda e das Relações Exteriores.
Com o tarifaço, diversos setores produtivos podem ser afetados, com destaque para agricultura e indústria de produção. De acordo com dados oficiais, cerca de 12% das exportações brasileiras têm como destino o mercado norte-americano.
Entre os principais produtos exportados para os EUA estão: óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e máquinas para o setor de energia.
Caso os países não cheguem a um acordo até 1º de agosto, o presidente não descartou a possibilidade de aplicar o princípio da reciprocidade, previsto na Lei de Reciprocidade Econômica.
Confira a lista dos afetados pelo tarifaço:
Brasil: 50%
Laos: 40%
Myanmar: 40%
Camboja: 36%
Tailândia: 36%
Bangladesh: 35%
Sérvia: 35%
Indonésia: 32%
África do Sul: 30%
Argélia: 30%
Bósnia e Herzegovina: 30%
Iraque: 30%
Líbia: 30%
México: 30%
União Europeia: 30%
Sri Lanka: 30%
Brunei: 25%
Cazaquistão: 25%
Coreia do Sul: 25%
Japão: 25%
Malásia: 25%
Moldávia: 25%
Tunísia: 25%
Filipinas: 20%
*Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.
Por: Metrópoles