• Quarta-feira, 16 de julho de 2025

Alckmin diz que considera pedir a Trump mais prazo para negociar taxas

O vice-presidente ainda reforçou que o setor da indústria vai cooperar com o governo nas negociações, conversando com seus parceiros nos EUA

O vice-presidente confirmou, nesta terça-feira (15/7), a possibilidade de solicitar a extensão do prazo de negociações no âmbito do . “Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou o vice-presidente após reunião com empresários do setor da indústria. Alckmin também reforçou que o governo federal, ao lado dos setores prejudicados, vai trabalhar para reverter a sanção comercial anunciada pelo presidente norte-americano . Participaram da reunião, do lado do governo federal: Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento; Marcio Rosa, secretário-executivo; Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior; Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços; Rodrigo Zerbone, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior; Rui Costa, ministro da Casa Civil; Bruno Moretti, secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil; Jairo Gonçalves, assessor-chefe da Casa Civil; Maria Laura da Rocha, embaixadora, ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores; Maurício Carvalho Lyrio, embaixador, secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE; Fernando Meirelles de Azevedo Pimentel, embaixador, diretor do Departamento de Política Comercial do MRE; Fernando Haddad, ministro da Fazenda; Guilherme Mello, secretário de Política Econômica; Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos; Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento; Olavo Noleto, secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da SRI; Celso de Tarso, embaixador, chefe da Assessoria Especial Diplomática; Vilma da Conceição Pinto, chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos e Sociais; Daniel Brito, primeiro secretário da Assessoria Especial Diplomática. Do lado dos setores, estavam presentes: Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer; Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp); José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); Haroldo Ferreira, presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados); Janaína Donas, presidente-Executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL); Fernando Pimentel, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT); Paulo Roberto Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci); Paulo Hartung, presidente Executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ); Armando José Giacomet, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci); Rafael Lucchesi, CEO da Tupy; Giovanni Francischetto, superintendente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas); Edison da Matta, diretor Jurídico e de Comércio Exterior do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças); Cristina Yuan, diretora de Relações Institucionais do Instituto Aço Brasil; Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG; Fausto Varela, presidente SINDIFER; Bruno Santos, diretor executivo ABRAFE; Alexandre Almeida, diretor da RIMA. Brasil é principal alvo do tarifaço Desde o início da semana passada, os EUA têm notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. . Leia também O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. . Lei de Reciprocidade Econômica O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade Econômica. O texto estabelece critérios para suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por países ou blocos econômicos que impactem o Brasil. O decreto também formaliza a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, responsável por deliberar sobre a aplicação de contramedidas provisórias e acompanhar as negociações sobre as medidas unilaterais impostas contra o país. Integram o comitê os ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (), que o presidirá, da Casa Civil da Presidência, da Fazenda e das Relações Exteriores. Com o tarifaço, diversos setores produtivos podem ser afetados, com destaque para agricultura e indústria de produção. De acordo com dados oficiais, cerca de 12% das exportações brasileiras têm como destino o mercado norte-americano. Entre os principais produtos exportados para os EUA estão: óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e máquinas para o setor de energia. Caso os países não cheguem a um acordo até 1º de agosto, o presidente não descartou a possibilidade de aplicar o princípio da reciprocidade, previsto na Lei de Reciprocidade Econômica. Confira a lista dos afetados pelo tarifaço: Brasil: 50% Laos: 40% Myanmar: 40% Camboja: 36% Tailândia: 36% Bangladesh: 35% Sérvia: 35% Indonésia: 32% África do Sul: 30% Argélia: 30% Bósnia e Herzegovina: 30% Iraque: 30% Líbia: 30% México: 30% União Europeia: 30% Sri Lanka: 30% Brunei: 25% Cazaquistão: 25% Coreia do Sul: 25% Japão: 25% Malásia: 25% Moldávia: 25% Tunísia: 25% Filipinas: 20% *Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: