Profissionais do MSF (Médicos Sem Fronteiras) que estiveram recentemente na Faixa de Gaza relatam que 94% dos hospitais foram derrubados e despejados depois de bombardeios do Exército israelense.
Segundo Damares Giuliana, coordenadora do MSF em Jerusalém Oriental que atendia os territórios de Gaza e Cisjordânia, os 6% que ainda funcionam também estão danificados.
“O que está acontecendo ali é limpeza étnica. São atos que podem configurar crime de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio. Quando se proíbe a entrada de alimentos, você está usando o alimento como arma de guerra. Está minando todas as possibilidades de vida, porque não tem água, não tem luz, não tem aquecimento no inverno”, disse Giuliana.
“Israel bombardeia hospitais, escolas, proíbe a circulação de veículos, obriga as pessoas a andar quilômetros e quilômetros para buscar a parca quantidade de alimentos e no caminho sofrem ataques de drones, de helicópteros, de tanques de guerra, de atiradores”, declarou.
O Médicos Sem Fronteiras promoveu um encontro com profissionais na Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro, sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza.
Os ataques israelenses contra a Faixa de Gaza já deixaram mais de 56.000 mortos e 100 mil feridos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza –controlado pelo Hamas.
Com informações da Agência Brasil.