• Sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Venezuela faz exercícios militares no Caribe durante tensão com os EUA

Exercício militar se dá depois de 3 embarcações do país sul-americano serem atacadas pelos EUA.

As forças armadas da Venezuela realizaram na 5ª feira (18.set.2025) exercícios militares pelo 2º dia consecutivo na ilha de La Orchila, no Caribe. O país realiza exercícios terrestres, aéreos e navais em resposta aos navios de guerra dos Estados Unidos na costa da Venezuela.

Sob ordens do presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), o exercício nomeado como “Caribe Soberano 200”, começou na 4ª feira (17.set) e terá duração de 3 dias. 

Cerca de 2.500 soldados foram mobilizados para a atividade, que tem como objetivo “fortalecer as capacidades defensivas e proteger a soberania nacional”, segundo com o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López. A operação contou com 12 navios de guerra, 22 aeronaves, 20 barcos pequenos operados por militares, caça russos Sukhoi 30, peças de artilharia e tropas da Força Armada Nacional Bolivariana. 

As ações militares se dão em meio ao aumento de tensão entre os EUA e a Venezuela, desde que o governo de Donald Trump (Partido Republicano) explodiu 3 embarcações do país, sob acusação de tráfico de drogas. 

O ministro da Defesa declarou que “nessa situação especial, precisamos redobrar nossos esforços e aumentar nossa prontidão operacional para um cenário de conflito armado no mar. E estamos fazendo isso”. López ainda considerou o envio de navios de guerra para o mar do Caribe como “uma ameaça ao país e à região”.

O governo Trump anunciou em 20 de agosto o envio de 3 navios de guerra para a costa venezuelana. A Casa Branca usa o combate ao narcotráfico como justificativa para a ação.  

Os EUA também aumentaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura do presidente da Venezuela. Maduro é acusado pelos norte-americanos de vínculos com cartéis de drogas. 

O 1º ataque foi em 2 de setembro, quando 11 pessoas morreram em uma embarcação que, segundo o governo norte-americano, transportava drogas. O 2º ataque foi anunciado por Trump na 2ª feira (15.set) e deixou 3 mortos em um barco que os EUA afirmaram ser de origem venezuelana. “Vocês só sabem de 2, mas na realidade foram 3”, declarou Trump, sem detalhar quando foi realizado o 3º ataque.  

REFORÇO MILITAR DOS EUA NO CARIBE 

O governo Trump afirma que as operações fazem parte do combate ao tráfico. Três dias depois do 1º ataque, os EUA enviaram 10 caças F-35 para Porto Rico e deslocaram 8 navios de guerra para o Caribe, segundo denúncias de Caracas. Trump não forneceu detalhes sobre a 3ª ofensiva, nem informou número de vítimas ou a localização da ação.

Por: Poder360

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