• Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Trump pode acelerar a consolidação do Brics, diz Luiz Marinho

Para o ministro, o tarifaço de Trump pode ter efeitos contrários ao esperado pelo presidente norte-americano.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o tarifaço aplicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), ao Brasil pode ter efeitos contrários ao que ele espera. Marinho citou uma aceleração na consolidação do Brics e da saída da dependência do dólar.

As declarações foram feitas em uma live da CUT (Central Única dos Trabalhadores), nesta 4ª feira (13.ago.2025). O tema do debate foi o impacto das taxas de 50% aplicadas pelos EUA aos produtos brasileiros. O ministro havia sido convidado para participar de forma síncrona, mas, como foi convocado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma reunião, enviou um vídeo aos sindicalistas.

Marinho afirmou que “não devemos nos desesperar com esse ocorrido” –em referência à taxação aos produtos nacionais. Segundo ele, os EUA são um parceiro comercial centenário do Brasil e, em comparação ao 1º governo de Lula, o país reduziu a dependência do mercado norte-americano.

Queremos continuar sendo um parceiro forte, mas queremos continuar diminuindo ainda mais essa nossa dependência”, declarou.

Além do fortalecimento do mercado de exportações brasileiro, Marinho também disse que o governo estuda um conjunto de medidas para facilitar a manutenção dos empregos nos setores que mais serão afetados pelas tarifas de 50%. Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o plano de contingência de danos sairá até esta 4ª feira (13.ago).

Entre as medidas, ele mencionou a compra simplificada –em especial na área alimentícia– para absorver internamente o que seria exportado. No caso dos alimentos, as compras serão destinadas à merenda escolar, hospitais, creches e o sistema carcerário.

Apesar disso, ele reforçou a necessidade do governo estar atento ao quadro real de cada empresa antes de tomar medidas que as beneficiem, além do papel de fiscalização necessário aos sindicatos.

Esse episódio do Trump nos coloca a obrigação de estar mais atento para termos o quadro de cada empresa para não comprar gato por lebre. Muitas delas podem agir de forma oportunista neste momento para evitar dar o reajuste de salário, um aumento real de salário ou negociar de forma rebaixada”, disse.

Por: Poder360

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