Um trabalhador morreu depois de ser resgatado dos escombros da Torre dei Conti, estrutura medieval próxima ao Coliseu, em Roma. O incidente se deu na 2ª feira (3.nov.2025), durante obras de restauração na edificação histórica.
Octay Stroici, 66 anos, foi retirado dos escombros com vida após uma operação que durou quase 11 horas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no hospital, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera.
O colapso foi registrado antes do meio-dia (horário local), quando parte de uma parede da torre medieval desabou. Houve um 2º desabamento parcial enquanto os bombeiros finalizavam o resgate inicial. Foi este 2º colapso que prendeu Stroici sob os escombros, conforme reportado pelo The New York Times.
De acordo com as autoridades municipais de Roma, o 1º desabamento afetou o contraforte central no lado sul da torre, causando o colapso de parte da base. O 2º comprometeu parte da escadaria e do telhado.
A torre estava passando por obras de restauração quando houve o incidente. A 1ª fase havia começado em junho deste ano e envolvia a remoção de amianto e trabalhos preliminares. O projeto completo tinha como objetivo o reforço estrutural como parte de uma reforma geral, sendo executado por duas empresas.
Além de Stroici, outros 3 trabalhadores foram retirados depois do desabamento. Um deles foi hospitalizado e 2 sofreram ferimentos leves, segundo informações oficiais. Cerca de 140 bombeiros participaram do resgate.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni (Irmãos de Itália, direita), manifestou-se sobre a tragédia. Em comunicado, ela declarou: “Expresso profundo pesar e condolências, em meu nome e do governo, pela trágica perda de Octay Stroici, o trabalhador que foi morto no colapso da Torre dei Conti em Roma. Estamos próximos de sua família e colegas neste momento de sofrimento indizível”.
A Torre dei Conti tem quase 30 metros de altura e está localizada próxima ao Coliseu e ao Fórum Romano, no centro histórico de Roma. A estrutura foi utilizada pelo papa Inocêncio 3º como residência para sua família no século 13. Sua base foi construída sobre as ruínas do Templo da Paz, edificado no século 1º, no Fórum Romano.
A torre foi utilizada para abrigar escritórios municipais até 2006 e atualmente tem apenas 1/3 de sua altura original.
Depois do colapso, barreiras policiais bloquearam as ruas que levam à torre, enquanto veículos de emergência e vários caminhões de bombeiros cercaram a base da estrutura.
O site da Prefeitura de Roma informa que a torre estava em “total abandono” nos últimos anos, e aproximadamente € 7 milhões foram destinados para sua restauração. Fundos da UE (União Europeia) haviam sido reservados para o projeto.
A torre estava programada para reabrir em 2026, após um projeto de restauração de 4 anos. A estrutura deveria se tornar um centro de serviços para a área arqueológica adjacente.
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