• Terça-feira, 4 de novembro de 2025

Vice de Bush, Dick Cheney morre aos 84 anos

Vice de George W. Bush, republicano foi o responsável por arquitetar a chamada "guerra contra o terror".

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney morreu na 2ª feira (3.nov.2025), aos 84 anos, por complicações de pneumonia associadas a doenças cardíacas e vasculares. A informação foi divulgada pela família na manhã desta 3ª feira (4.nov).

O jornal New York Times classificou Cheney como o “o vice-presidente mais poderoso da história norte-americana”. Ele ocupou o cargo durante os 2 mandatos de George W. Bush (de 2001 a 2009) e foi o responsável por arquitetar a chamada “guerra ao terror” depois dos atentados às torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001.

Durante o período como vice-presidente, Cheney se tornou um dos conselheiros mais influentes da Casa Branca. Antes disso, atuou como secretário de Defesa e congressista, construindo uma extensa trajetória política nos Estados Unidos.

Segundo a reportagem do New York Times, sua atuação foi marcada por uma abordagem assertiva e decisiva na política externa norte-americana.

Como secretário de Defesa, ajudou a orquestrar a Guerra do Golfo (1990-1991). Uma década depois, já como vice-presidente, assumiu foi um dos líderes na resposta norte-americana ao 11 de Setembro.

Defendeu políticas agressivas, como a vigilância sem mandado judicial e a detenção por tempo indeterminado, além de técnicas de interrogatório para suspeitos de “terrorismo” que incluíam simulação de afogamento e privação de sono.

Cheney também pressionou pela invasão do Iraque para derrubar Saddam Hussein (1937-2006) em 2003.

Conforme o New York Times, o ex-vice-presidente sofreu 5 ataques cardíacos de 1978 a 2010. Usava, desde 2001, um dispositivo para regular os batimentos cardíacos. Em 2012, foi submetido a um transplante de coração.

No período que antecedeu as eleições presidenciais norte-americanas de 2024, o republicano surpreendeu ao anunciar que votaria na então vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata. Segundo ele, Donald Trump (Partido Republicano) era inadequado para ser presidente e representava uma ameaça à democracia norte-americana.

Por: Poder360

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