• Quarta-feira, 23 de julho de 2025

Tarifas ao Canadá podem aumentar custo de casas nos EUA

Relatório da Câmara de Comércio mostra que medidas de Trump podem elevar custo médio de construção residencial até 2027.

Um relatório da Câmara de Comércio canadense aponta que as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano) sobre materiais de construção importados do Canadá podem elevar o custo médio de construção residencial nos Estados Unidos.

O documento foi divulgado à CNN nesta 3ª feira (22.jul.2025) e aponta que o aumento pode chegar a US$ 14.000 por residência até o final de 2027, por causa das taxas impostas sobre materiais essenciais para a construção, que elevam o custo dos insumos importados de Ottawa, impactando diretamente o preço final das casas.

Segundo relatório da USITC (Comissão de Comércio Internacional dos EUA), o Canadá representou 84,31% das importações totais de madeira para os EUA em 2023. Eis a íntegra (PDF – 998 kB, em inglês). O documento ressalta a importância desses materiais para a indústria da construção do país.

Quanto ao ferro e ao aço, outros componentes fundamentais para a construção civil, dados da USITC mostram que o Canadá foi o maior fornecedor desses materiais para os EUA em 2022, com um valor de exportação de US$ 14,227 bilhões, representando um aumento de 21,2% em relação ao ano anterior. Eis a íntegra (PDF – 289 kB, em inglês).

A Câmara de Comércio também considerou as tarifas implementadas durante o 1º mandato de Trump para chegar ao custo adicional total, que pode alcançar US$ 20.000 por casa até 2027. E destaca a dependência do setor de construção norte-americano em relação aos materiais do país vizinho.

Dados da NAHB (Associação Nacional de Construtores de Casas) indicam que aproximadamente US$ 13 bilhões, equivalentes a 7% dos US$ 184 bilhões em mercadorias utilizadas em novas construções em 2023, foram importados.

Em 10 de julho, o republicano anunciou a imposição de uma tarifa de 35% sobre produtos canadenses que não estejam em conformidade com o USMCA (Acordo EUA-México-Canadá) a partir de 1º de agosto.

Por: Poder360

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