A rede de supermercados Continente, uma das principais de Portugal, ampliou o número de lojas que aceitam Pix. A empresa iniciou o projeto-piloto em Braga, no norte do país, e anunciou, nesta 5ª feira (07.ago.2025), a expansão para as unidades da zona metropolitana de Lisboa.
Agora, além das seis unidades de Braga, um total de 12 lojas nos municípios de Lisboa, Algés, Carcavelos, Estoril e Oeiras já aceitam pagamento em real com o Pix.
“A sua integração nas lojas Continente visa facilitar as compras da crescente comunidade brasileira em Portugal, proporcionando uma solução prática e familiar“, diz o comunicado do Continente, reproduzido pelo jornal Diário de Notícias.
A empresa explica que a forma de pagamento é exclusiva para clientes com conta bancária brasileira, e que o pagamento é feito já com a taxa de câmbio aplicada e os 3,50% referentes ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A aposta do Continente no público brasileiro vai além da forma de pagamento. A empresa, assim como suas concorrentes, já disponibiliza diversos produtos típicos, como pães de queijo congelados, açaí, farofa pronta, misturas para feijoada e azeite de dendê. Alguns até produzidos pelas marcas próprias dos supermercados.
Em maio, quando o supermercado começou a aceitar o Pix, alguns comentários com conteúdo considerado xenófobo viralizaram nas redes sociais. Na época, a iniciativa foi chamada de “brasileirização de Portugal“.
Além do Continente, outras lojas em Portugal aceitam Pix como forma de pagamento, como a Worten, especializada em eletrodomésticos e produtos eletroeletrônicos, e a loja de departamentos El Corte Inglés.
A população brasileira tem crescido em Portugal na última década. Segundo o primeiro-ministro Luís Montenegro, já são cerca de 550 mil brasileiros no país, sendo cerca de 350 mil na zona metropolitana de Lisboa.
Em julho de 2025, o Parlamento de Portugal aprovou um pacote que impõe novas restrições à imigração, afetando diretamente a comunidade brasileira. Entre as medidas está a criação de um novo órgão para cuidar da imigração, que ficou conhecido como “polícia para imigrantes”.