Duda Ribeiro na pista
Do outro lado da pista, Maria Almeida, de Lauro de Freitas (BA), é a favorita do ranking e símbolo de uma geração que cresceu assistindo Letícia Bufoni, Pamela Rosa e, mais recentemente, Raíssa Leal. A jovem baiana, que se tornou referência para meninas que sonham em competir, enfrenta desde agosto uma lesão no joelho esquerdo, sofrida durante o Pro Tour STU, na Suécia. Mesmo assim, avançou à final com a segunda melhor nota da primeira bateria.
“Machuquei o joelho em agosto, lá na Suécia. Ainda não estou 100%, mas ali dentro da pista a gente acaba se superando de alguma forma. O importante hoje foi me garantir na final e me manter na briga do título. Amanhã é outro dia, vou cuidar bem e tentar manter a cabeça fresca. A Duda foi muito bem neste sábado, fez uma linha precisa, e teremos uma final de alto nível”, contou Maria.
Entre a queda e o voo
Isabelly Ávila conhece bem esse movimento. A cada giro, a cada volta na pista, ela carrega o peso de duas cirurgias e a decisão de quem decidiu continuar.
A skatista sofreu duas lesões nos joelhos, em 2021 e 2022, no mesmo obstáculo, durante etapas do STU. Foram dois tombos duros, no corpo e na mente. “As duas cirurgias foram no mesmo dia, com o mesmo médico, no mesmo hospital. É até curioso, parece destino”, conta, sorrindo. “Mas hoje eu posso dizer que superei. Agora é sobre andar de skate, sem medo. Já ficou para trás.”
Na volta ao STU National – Street Finals, em Brasília, ela reencontra não apenas o público, mas a si mesma. E faz isso sobre a nova pista do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, projetada pela Rio Ramp Design, a primeira pista de street de padrão internacional construída na capital, inspirada nas linhas do Plano Piloto e na arquitetura modernista de Brasília.
“Essa pista está incrível, ficou muito style”, elogiou Isabelly. “E saber que ela vai ficar aqui depois do campeonato é o mais importante. É sobre deixar algo que inspire outras pessoas.”
O que está em jogo
Além dos troféus e rankings, o que está em jogo é o direito de ocupar as pistas, de ser reconhecida e de mostrar que o skate é também espaço de mulheres.
Maria Almeida, que lidera o circuito, traduz bem essa nova geração que já nasceu sabendo que pode.
“Eu estava nervosa, mas com um sorriso no rosto. Meu joelho doeu bastante, mas amanhã eu cuido e volto melhor. O skate feminino tá crescendo demais, graças a Deus. Fico feliz de ser referência para as meninas novas. O skate feminino não para de crescer”, disse, vibrante, após a classificatória.
“Essa é minha segunda vez competindo aqui em Brasília. Confesso que amo muito. Quando a galera vibra junto comigo, parece que o coração anda junto com o skate. Brasília, eu amo vocês!”, declarou.
Do outro lado da pista, Duda Ribeiro, de apenas 15 anos, representa o futuro imediato do skate brasileiro. “Apesar de ter me machucado, eu estou feliz em ter conseguido dar a volta toda e andar bem. Agradeço por ter passado para a final. Espero que amanhã seja um ótimo dia e que eu ande bem de novo”, finalizou.
STU: Duda Ribeiro e Maria Almeida duelam pelo título
Vice-líder do ranking conquista a maior nota do dia no STU; Maria resiste à dor no joelho e mantém vivo o sonho
O Parque da Cidade Sarah Kubitschek recebeu neste sábado (25/10) as semifinais femininas do — Street Finals. A vice-líder do ranking, Duda Ribeiro, de apenas 15 anos, registrou a maior nota do dia (52,97) mesmo depois de cair sobre um punho já lesionado. A líder Maria Almeida, 18 anos, também avançou à final, mesmo sentindo dores no joelho esquerdo.
A final deste domingo (26/10) promete ser o grande encerramento da temporada 2025 da modalidade Street.
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Depois de passar por Criciúma, Florianópolis e Curitiba, o STU National — Street Finals chega à etapa de Brasília com a definição do ranking totalmente em aberto. Maria Almeida soma 104.880 pontos, contra 102.069 de Duda Ribeiro. A diferença é pequena e o título de campeã brasileira será decidido manobra por manobra neste domingo.
Carla Karolina, com 82.365 pontos, ainda tem chances de brigar pelo título, mas depende de um tropeço das líderes. Isabelly Ávila, terceira colocada do ranking, não se classificou para a final, encerrando uma temporada marcada por superação após duas cirurgias nos joelhos.
A emoção das semifinais mostrou que a nova geração feminina do skate brasileiro está pronta para brilhar. As notas da tarde confirmaram a diversidade de estilos e a força coletiva das meninas que transformaram o Parque da Cidade em um verdadeiro festival urbano.
Semifinal – Street Feminino (as seis classificadas para a final)
Bateria 1 — 1ª Rafaela Murbach (33,72), 2ª Maria Almeida (25,95)
Bateria 2 — 1ª Duda Ribeiro (52,97), 2ª Manuella Moretti (43,96)
Bateria 3 — 1ª Gabi Mazetto (49,31), 2ª Carla Karolina (45,80)
Duas dores, um mesmo sonho
As duas protagonistas da decisão deste domingo têm histórias que resumem o espírito do skate: a queda, a dor e o recomeço. Duda, natural de Maricá (RJ), enfrentou o que chamou de “um teste de resistência emocional” durante a semifinal.
“Vinha numa boa linha, até tentando melhorar a nota da minha segunda volta, quando caí de costas após a Bomb Trick e fui tentar proteger a queda justamente com meu punho que já estava lesionado. Senti muita dor, mas cair faz parte do skate. Espero melhorar até a final de amanhã e que isso não tire a minha concentração”, contou ao Metrópoles.
Mesmo com a queda, a skatista se manteve serena e consciente da importância do momento: disputar um título nacional em uma pista inédita, na capital do país, diante de um público vibrante que a aplaudia a cada manobra.
“Eu sou muito grata por tudo isso, por estar vivendo aqui. Representar o street feminino é muito especial para mim. Eu gosto muito de poder viajar pelo país e viver tudo isso com meus amigos”, disse.
Duda Ribeiro na pista
Do outro lado da pista, Maria Almeida, de Lauro de Freitas (BA), é a favorita do ranking e símbolo de uma geração que cresceu assistindo Letícia Bufoni, Pamela Rosa e, mais recentemente, Raíssa Leal. A jovem baiana, que se tornou referência para meninas que sonham em competir, enfrenta desde agosto uma lesão no joelho esquerdo, sofrida durante o Pro Tour STU, na Suécia. Mesmo assim, avançou à final com a segunda melhor nota da primeira bateria.
“Machuquei o joelho em agosto, lá na Suécia. Ainda não estou 100%, mas ali dentro da pista a gente acaba se superando de alguma forma. O importante hoje foi me garantir na final e me manter na briga do título. Amanhã é outro dia, vou cuidar bem e tentar manter a cabeça fresca. A Duda foi muito bem neste sábado, fez uma linha precisa, e teremos uma final de alto nível”, contou Maria.
Entre a queda e o voo
Isabelly Ávila conhece bem esse movimento. A cada giro, a cada volta na pista, ela carrega o peso de duas cirurgias e a decisão de quem decidiu continuar.
A skatista sofreu duas lesões nos joelhos, em 2021 e 2022, no mesmo obstáculo, durante etapas do STU. Foram dois tombos duros, no corpo e na mente. “As duas cirurgias foram no mesmo dia, com o mesmo médico, no mesmo hospital. É até curioso, parece destino”, conta, sorrindo. “Mas hoje eu posso dizer que superei. Agora é sobre andar de skate, sem medo. Já ficou para trás.”
Na volta ao STU National – Street Finals, em Brasília, ela reencontra não apenas o público, mas a si mesma. E faz isso sobre a nova pista do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, projetada pela Rio Ramp Design, a primeira pista de street de padrão internacional construída na capital, inspirada nas linhas do Plano Piloto e na arquitetura modernista de Brasília.
“Essa pista está incrível, ficou muito style”, elogiou Isabelly. “E saber que ela vai ficar aqui depois do campeonato é o mais importante. É sobre deixar algo que inspire outras pessoas.”
O que está em jogo
Além dos troféus e rankings, o que está em jogo é o direito de ocupar as pistas, de ser reconhecida e de mostrar que o skate é também espaço de mulheres.
Maria Almeida, que lidera o circuito, traduz bem essa nova geração que já nasceu sabendo que pode.
“Eu estava nervosa, mas com um sorriso no rosto. Meu joelho doeu bastante, mas amanhã eu cuido e volto melhor. O skate feminino tá crescendo demais, graças a Deus. Fico feliz de ser referência para as meninas novas. O skate feminino não para de crescer”, disse, vibrante, após a classificatória.
“Essa é minha segunda vez competindo aqui em Brasília. Confesso que amo muito. Quando a galera vibra junto comigo, parece que o coração anda junto com o skate. Brasília, eu amo vocês!”, declarou.
Do outro lado da pista, Duda Ribeiro, de apenas 15 anos, representa o futuro imediato do skate brasileiro. “Apesar de ter me machucado, eu estou feliz em ter conseguido dar a volta toda e andar bem. Agradeço por ter passado para a final. Espero que amanhã seja um ótimo dia e que eu ande bem de novo”, finalizou.
Duda Ribeiro na pista
Do outro lado da pista, Maria Almeida, de Lauro de Freitas (BA), é a favorita do ranking e símbolo de uma geração que cresceu assistindo Letícia Bufoni, Pamela Rosa e, mais recentemente, Raíssa Leal. A jovem baiana, que se tornou referência para meninas que sonham em competir, enfrenta desde agosto uma lesão no joelho esquerdo, sofrida durante o Pro Tour STU, na Suécia. Mesmo assim, avançou à final com a segunda melhor nota da primeira bateria.
“Machuquei o joelho em agosto, lá na Suécia. Ainda não estou 100%, mas ali dentro da pista a gente acaba se superando de alguma forma. O importante hoje foi me garantir na final e me manter na briga do título. Amanhã é outro dia, vou cuidar bem e tentar manter a cabeça fresca. A Duda foi muito bem neste sábado, fez uma linha precisa, e teremos uma final de alto nível”, contou Maria.
Entre a queda e o voo
Isabelly Ávila conhece bem esse movimento. A cada giro, a cada volta na pista, ela carrega o peso de duas cirurgias e a decisão de quem decidiu continuar.
A skatista sofreu duas lesões nos joelhos, em 2021 e 2022, no mesmo obstáculo, durante etapas do STU. Foram dois tombos duros, no corpo e na mente. “As duas cirurgias foram no mesmo dia, com o mesmo médico, no mesmo hospital. É até curioso, parece destino”, conta, sorrindo. “Mas hoje eu posso dizer que superei. Agora é sobre andar de skate, sem medo. Já ficou para trás.”
Na volta ao STU National – Street Finals, em Brasília, ela reencontra não apenas o público, mas a si mesma. E faz isso sobre a nova pista do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, projetada pela Rio Ramp Design, a primeira pista de street de padrão internacional construída na capital, inspirada nas linhas do Plano Piloto e na arquitetura modernista de Brasília.
“Essa pista está incrível, ficou muito style”, elogiou Isabelly. “E saber que ela vai ficar aqui depois do campeonato é o mais importante. É sobre deixar algo que inspire outras pessoas.”
O que está em jogo
Além dos troféus e rankings, o que está em jogo é o direito de ocupar as pistas, de ser reconhecida e de mostrar que o skate é também espaço de mulheres.
Maria Almeida, que lidera o circuito, traduz bem essa nova geração que já nasceu sabendo que pode.
“Eu estava nervosa, mas com um sorriso no rosto. Meu joelho doeu bastante, mas amanhã eu cuido e volto melhor. O skate feminino tá crescendo demais, graças a Deus. Fico feliz de ser referência para as meninas novas. O skate feminino não para de crescer”, disse, vibrante, após a classificatória.
“Essa é minha segunda vez competindo aqui em Brasília. Confesso que amo muito. Quando a galera vibra junto comigo, parece que o coração anda junto com o skate. Brasília, eu amo vocês!”, declarou.
Do outro lado da pista, Duda Ribeiro, de apenas 15 anos, representa o futuro imediato do skate brasileiro. “Apesar de ter me machucado, eu estou feliz em ter conseguido dar a volta toda e andar bem. Agradeço por ter passado para a final. Espero que amanhã seja um ótimo dia e que eu ande bem de novo”, finalizou.
Por: Metrópoles





