• Sábado, 25 de outubro de 2025

Gabryel Aguilar brilha na semifinal do STU em Brasília

O skatista paulista mantém a liderança e puxa a nova geração rumo à final do STU National Street Finals

O som seco das rodas riscando o cimento e os aplausos ritmados do público embalaram a tarde deste sábado (25/10), em Brasília. No Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o paulista Gabryel Aguilar mostrou porque lidera o ranking nacional e garantiu a melhor nota da semifinal do , despontando como o grande favorito ao título da temporada 2025. O líder do ranking teve uma volta limpa, com manobras encadeadas, domínio no corrimão e uma aterrissagem precisa no último obstáculo, o suficiente para arrancar aplausos e garantir a melhor nota do dia. A semifinal do Street masculino confirmou o equilíbrio técnico que marca o circuito de 2025. Foram três baterias intensas, com doze atletas disputando seis vagas na grande final deste domingo (26/10). Atrás de Aguilar, avançaram Sebastian Simonetto, Ivan Monteiro, Lucas Rabelo, Matheus Mendes e Marcelo Batista, compondo o grupo de finalistas. O curitibano Sebastian Simonetto, de 20 anos, voltou a brilhar. Foi dele a maior nota da fase eliminatória, o que o garantiu direto na semifinal deste sábado sem precisar passar pela Fase 2, uma espécie de repescagem. O paranaense venceu a sexta e última bateria arrancando dos juízes um 79,46 e entrou confiante para buscar o segundo pódio da carreira. Nesta temporada, ele só chegou à final na etapa de Criciúma e espera repetir a dose agora. Um skatista com camiseta cinza e calça estampada salta sobre uma estrutura metálica, com árvores e céu azul ao fundo.O curitibano Sebastian Simonetto, de 20 anos, se destacou novamente pela consistência nas manobras e segue entre os favoritos ao pódio da temporada Os outros skatistas que venceram suas baterias e avançaram direto para a semifinal foram Gabryel Aguilar (líder do ranking), Lucas Rabelo, Vinícius Costa, Matheus Teixeira e Wallace Gabriel. Outros seis atletas garantiram vaga pela Fase 2, completando o grupo dos 12 semifinalistas: Marcelo Batista, Eduardo Neves, Ismael Henrique, Matheus Mendes, Ivan Monteiro e Vitor H. Genghini. Leia também Arquibancada que vibra Mas o espetáculo do também está nas arquibancadas, no grito, no suor e nas lágrimas de quem vibra junto. Entre os que lotaram o Parque da Cidade, uma cena resumia o espírito do skate brasileiro: a família Silva, de Brasília, acompanhava com o coração acelerado a skatista Kamilla Silva, 18 anos, que competiu mais cedo no Street feminino. Sentada nas arquibancadas, a mãe Gersoneide Silva se emocionava a cada manobra da filha. Ao lado, o irmão Natanael, de 15 anos também skatista, não desgrudava os olhos da pista. “Eu fico nervoso. Quando ela acerta, eu comemoro junto”, contou. “A vida da minha filha mudou completamente por causa do skate”, disse Gersoneide. “Nós somos de Goiânia e mudamos pra Brasília há nove anos. A Kamilla começou a andar com dez anos e já concorria em pequenos eventos. Ver ela num campeonato desse tamanho é um orgulho que não dá pra explicar.” Três pessoas sorriem diante do painel do STU. A jovem atleta usa blusa branca e calça larga, abraçada ao irmão e à mãe, que veste camisa estampada.Kamilla Silva ao lado do irmão Natanael e da mãe Gersoneide Silva. A jovem brasiliense é uma das promessas do Street feminino “Competir em casa foi muito especial. Em 2024, eu corri o circuito todo, passando por Florianópolis, Porto Alegre, Criciúma, São Paulo, mas Brasília é diferente. Aqui é onde moro, onde comecei, e onde minha família está. Isso me deixa mais tranquila”, disse a moradora do Paranoá. Ela contou que, no meio da multidão, reconheceu rostos familiares. “Quando entrei, a galera gritou muito. Vi até minha professora de matemática do nono ano gritando meu nome! Foi surreal.” A mãe acompanha a carreira da filha de perto. “Eu confio no potencial dela. Faço minhas orações e deixo ela tranquila. Ela sabe o que faz.” A jovem quase desistiu do skate há dois anos, quando começou a trabalhar e não tinha mais tempo para se dedicar aos treinos. “Achava que não ia dar certo. Mas aí, quando eu estava prestes a parar, começaram a surgir oportunidades. Hoje, eu diria para qualquer menina: não desiste. Persiste, porque o skate muda vidas.” Um skatista de camiseta branca e calça larga realiza um salto sobre o skate em pleno ar, diante das arquibancadas cheias e sob o sol da tarde.Kamilla realiza um salto sobre o skate Programação – Domingo (26/10) 9h às 9h40: Treino Paraskate 9h40 às 10h20: Treino Street feminino 10h20 às 11h: Treino Street masculino 11h às 12h45: Semifinal Street masculino 14h às 15h: Final Paraskate 15h às 15h15: Premiação Paraskate Street 15h35 às 16h30: Final Street feminino 16h30 às 16h45: Premiação Street feminino 16h45 às 17h40: Final Street masculino 17h40 às 17h55: Premiação Street masculino
Por: Metrópoles

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