• Segunda-feira, 30 de junho de 2025

Setor público tem 1º superavit primário anualizado após 2 anos

União, Estados, municípios e estatais registraram saldo primário de R$ 24,1 bilhões; deficit nominal soma R$ 922,0 bilhões

O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou superavit primário de R$ 24,1 bilhões no acumulado de 12 meses até maio. Foi o 1º saldo positivo anualizado das contas públicas em 2 anos. O último havia sido em maio de 2023, quando o superavit somou R$ 39,0 bilhões.

O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 2ª feira (30.jun.2025). Eis a íntegra do comunicado (PDF – 254 kB).

O governo central (formado por governo federal e Banco Central) teve superavit de R$ 16,29 bilhões no acumulado de 12 meses até maio. Os governos regionais dos Estados e municípios registraram saldo positivo de R$ 15,29 bilhões no período. As estatais apresentaram deficit de R$ 7,44 bilhões.

O resultado primário mostra se o governo gastou mais do que arrecadou, sem considerar os juros da dívida pública. Quando há superavit primário, significa que a receita com impostos, contribuições e outras fontes foi suficiente para cobrir as despesas correntes e os investimentos. Já o deficit primário indica que o governo precisou se endividar mesmo antes de pagar os juros.

Ao considerar os gastos com juros da dívida, o setor público consolidado registrou deficit nominal de R$ 922,0 bilhões no acumulado de 12 meses até maio. Diminuiu em relação a abril (deficit de R$ 934,4 bilhões) e em comparação com maio de 2024, quando teve um saldo negativo de R$ 1,06 trilhão.

O resultado nominal engloba o resultado primário mais os gastos com juros da dívida pública. Reflete de forma mais ampla a situação das finanças públicas, pois mostra o impacto total da política fiscal sobre o endividamento do país. Assim, um governo pode ter superavit primário, mas ainda registrar deficit nominal se os juros forem muito elevados.

O Brasil gastou R$ 946,1 bilhões com juros da dívida no acumulado de 12 meses até maio. Esse foi o 2º maior valor anualizado da série histórica, atrás somente de dezembro de 2024, quando a despesa somou R$ 950,4 bilhões.

A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) atingiu 76,1% do PIB em maio. Aumentou 0,2 ponto percentual ante abril. Leia abaixo o que influenciou na relação dívida-PIB no mês:

No ano, a DBGG teve redução de 0,4 ponto percentual por causa dos seguintes efeitos:

Segundo o Banco Central, o estoque da dívida bruta do Brasil somou R$ 9,3 trilhões em maio.

Por: Poder360

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