A 7ª edição da pesquisa Firmus, do BC (Banco Central), mostra que a mediana das estimativas das empresas não financeiras é de inflação acima da meta em 2025. As projeções mais recentes indicam uma taxa de 5,50% no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano.
A pesquisa Firmus entrevistou 187 empresas de 12 a 30 de maio de 2025. Foram 31 companhias a mais do que havia sido registrado na edição anterior. Leia a íntegra do estudo (PDF – 487 kB).
A meta de inflação do Brasil é de 3%, mas tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
As companhias estimam uma inflação de 4,50% em 2026.
As projeções das empresas não financeiras para a inflação não tiveram mudanças em relação ao relatório anterior, com dados de fevereiro. As estimativas para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) também se mantêm em 2% para 2025.
O relatório mostra que caiu de R$ 6,00 para R$ 5,80 a perspectiva para o dólar nos próximos 6 meses.
O levantamento é mais uma forma de a autoridade monetária acompanhar as perspectivas das companhias em relação aos principais indicadores macroeconômicos do país.
A principal fonte de informação dos dados é o Boletim Focus, que é um questionário divulgado semanalmente pelo Banco Central respondido pelos agentes do mercado financeiro, consultorias e economistas. As projeções são utilizadas como referência para as decisões de política monetária.
O Boletim Focus tem papel central ao sinalizar ao Copom (Comitê de Política Monetária) como o mercado estima a trajetória da inflação, da taxa Selic, do dólar e de outros indicadores. Essas expectativas influenciam as decisões do Banco Central sobre o ritmo e a intensidade dos ajustes na taxa Selic.