O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou deficit primário de R$ 33,74 bilhões em maio, menor saldo negativo desde 2021. O deficit caiu 47,2% em relação ao mesmo mês de 2024, quando totalizou R$ 63,9 bilhões.
O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 2ª feira (30.jun.2025). Eis a íntegra do comunicado (PDF – 254 kB).
O Banco Central divulga mensalmente os dados da necessidade de financiamento do setor público consolidado, que mede o quanto será preciso captar para cobrir um deficit. Ao registrar saldo negativo, o indicador mostra haver mais gastos do que arrecadação.
O governo central (formado por governo federal e Banco Central) registrou deficit de R$ 37,4 bilhões em maio. Os Estados e municípios tiveram superavit de R$ 4,5 bilhões no mês. As estatais tiveram saldo negativo de R$ 926 milhões.
O setor público consolidado registrou um superavit de R$ 24,1 bilhões no acumulado de 12 meses, o que corresponde a 0,20% do PIB (Produto Interno Bruto). Até abril, houve um deficit acumulado de R$ 6,0 bilhões.
O setor público consolidado gastou R$ 92,1 bilhões em maio com os juros da dívida pública. Em 12 meses, a despesa totalizou R$ 946,1 bilhões, o que corresponde a 7,77% do PIB.
O resultado nominal –que inclui gastos com a dívida pública– foi de um deficit de R$ 125,9 bilhões em maio. No acumulado de 12 meses, o saldo negativo somou R$ 922 bilhões, ou 7,58% do PIB.
O resultado primário mostra se o governo gastou mais do que arrecadou, sem considerar os juros da dívida pública. Quando há superavit primário, significa que a receita com impostos, contribuições e outras fontes foi suficiente para cobrir as despesas correntes e os investimentos. Já o deficit primário indica que o governo precisou se endividar mesmo antes de pagar os juros.
O resultado nominal, por sua vez, engloba o resultado primário mais os gastos com juros da dívida pública. Reflete de forma mais ampla a situação das finanças públicas, pois mostra o impacto total da política fiscal sobre o endividamento do país. Assim, um governo pode ter superavit primário, mas ainda registrar deficit nominal se os juros forem muito elevados.
A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) atingiu 76,1% do PIB em maio. Aumentou 0,2 ponto percentual ante abril. Leia abaixo o que influenciou na relação dívida-PIB no mês:
No ano, a DBGG teve redução de 0,4 ponto percentual por causa dos seguintes efeitos:
Segundo o Banco Central, a dívida bruta do Brasil somou R$ 9,3 trilhões em maio.