• Sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Saiba quem foram os alvos da operação da PF sobre fraudes no INSS

Nova fase da operação Sem Desconto nesta 5ª feira (18.dez) teve prisões, monitoramento eletrônico e afastamento de funcionários públicos.

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta 5ª feira (18.dez.2025) uma nova fase da operação Sem Desconto para apurar um esquema de descontos associativos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). As vítimas eram, em sua maioria, idosos de baixa renda que recebiam até 2 salários mínimos.

Segundo a investigação, os valores descontados de forma indevida eram lavados e ocultados por meio de empresas de fachada e associações. A apuração aponta a atuação de uma organização criminosa estruturada em diferentes núcleos, como administrativo, financeiro, empresarial, de servidores públicos e político.

As medidas foram autorizadas pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator da petição 15.041, após representação da PF. 

O STF determinou as seguintes prisões preventivas: 

A decisão também decretou a prisão preventiva de Adroaldo Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência, mas a converteu em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.

O STF determinou medidas cautelares contra parte dos investigados, como uso de tornozeleira eletrônica e afastamento de cargos públicos. Em 7 casos, o monitoramento eletrônico foi aplicado, em alguns deles como alternativa à prisão preventiva.

A PF pediu a prisão preventiva do senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo no Senado. A corporação afirmou que Weverton seria o “sustentáculo das atividades empresariais e financeiras” de Antônio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como Careca do INSSO senador é considerado como um dos líderes da organização criminosa que fraudou beneficiários do INSS.

O pedido de prisão foi negado. O Ministério Público se manifestou contra a prisão, e o ministro André Mendonça acompanhou o parecer. Para o relator, as provas apresentadas ainda se baseiam em inferências não consolidadas e não demonstram, até o momento, vínculo direto do senador com a execução das fraudes ou o recebimento de valores ilegais.

Em 23 de abril, a PF deflagrou a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. 

A investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sem autorização dos beneficiários sobre suas aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.

A repercussão do caso levou à demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). O pedetista foi aconselhado por deputados a deixar o cargo, desde que afirmasse que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que as apurações ficaram a cargo da atual gestão. 

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Por: Poder360

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